Secretários de Saúde de ao menos cinco estados, incluindo a Bahia, veem ligação entre o aumento recente de casos de coronavírus e o início das campanhas eleitorais pelo país. A informação é da coluna Painel, da Folha. Na Bahia, o último boletim epidemiológico no mês de outubro apontou o maior acréscimo de casos novos (1.990) desde 14 de outubro. “Os eventos reúnem centenas de pessoas aglomeradas, sem que haja a devida atenção às regras sanitárias recomendadas”, diz o secretário Fábio Vilas-Boas. Ele avalia que o Tribunal Regional Eleitoral deveria proibir aglomerações presenciais, exceto carreatas, e diz que o país ainda não vive uma segunda onda, e sim uma “maré alta”. No Amapá, o número de hospitalizados quadruplicou na rede privada, enquanto as Unidades Básicas de Saúde tiveram incremento de 300%. No Espírito Santo, os hospitais próprios de empresas de planos de saúde já têm os leitos cheios. Rio Grande do Norte e Paraíba também registram alta de casos após o início das campanhas.