A Bahia realizou 224 transplantes de rim entre os meses de janeiro e novembro deste ano, sendo 217 de doador cadáver e 7 de doador vivo. O estado ocupa a primeira posição em número do procedimento no Nordeste e a sétima no país. De acordo com a enfermeira Carolina Sodré, coordenadora de Central de Órgãos do Estado, apesar da pandemia do novo coronavírus, iniciada no mês de março, foi possível realizar um número expressivo de transplante de órgãos na Bahia, com a efetivação de 123 doações de múltiplos órgãos e 323 de córneas. A Sesab destaca que nos primeiros meses da pandemia o Ministério da Saúde suspendeu a realização dos transplantes de rim intervivos e de córneas.

“Durante a pandemia de Covid-19, a Central de Transplantes vem adotando todas as medidas de segurança recomendadas pelos órgãos responsáveis, garantindo a continuidade do programa de transplante, sendo o único Estado do Nordeste que não interrompeu suas atividades de transplante renal e hepático, bem como manteve o serviço de acolhimento, entrevista familiar e captação de órgãos, garantindo o direito das famílias que tinham a intenção de ser doadoras”, revela Carolina Sodré.

O secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, ressaltou que em 2015, a Bahia figurava entre os últimos estados do Brasil em número de doações e transplantes, “de altas taxas de negativa familiar. “Estamos mudando essa realidade”, afirmou o titular da Sesab, ao sinalizar que o governo disponibilizou recursos do tesouro estadual para reduzir as dificuldades na realização de transplantes, incluindo estímulo financeiro às equipes médicas e hospitais, até o investimento em equipamentos, exames e medicamentos de alto custo na capital e interior.

A coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Rita Pedrosa, ressalta os resultados alcançados pela Bahia nas atividades de transplantes, destacando que a Bahia foi o único estado brasileiro a não interromper o procedimento durante a pandemia. “Apesar das dificuldades vivenciadas nesse momento de pandemia, o Estado manteve-se firme, inclusive credenciando novos serviços”, pontuou Rita Pedrosa, acrescentando que nesse momento delicado para a saúde, “a confiança criada entre a Central de Transplante, os profissionais de saúde envolvidos e os familiares dos doadores tem sido fundamental para se alcançar esses resultados”. (Bahia Notícias)