Fechando a série de confrontos entre Bahia e Botafogo, os dois times se reencontraram pela quarta vez na temporada 2024. Em um jogo marcado por um 1º tempo com pouca inspiração ofensiva e uma segunda etapa de goleiros inspirados, o empate em 0x0 foi até surpreendente neste domingo (25). Um ponto pra cada na 24ª rodada da Série A.
Os primeiros 45 minutos foram marcados pelo equilíbrio entre as duas equipes. Nem mandantes e nem visitantes conseguiram criar chances de perigo para tirar o zero do placar. Além da pouca inspiração, faltou bola rolando pelo elevado número de paralisações e faltas. Na etapa final, o alvinegro voltou do intervalo melhor e pressionou o Esquadrão, sem conseguir traduzir a superioridade em gol. Quando o tricolor voltou a dominar, foi para cima do adversário, mas parou na noite iluminada do goleiro John para não conseguir somar mais de um ponto.
Com o empate, o Bahia soma 39 pontos, na 6ª colocação do campeonato. Agora, ainda na briga pela sonhada Libertadores, o Esquadrão precisa mudar o foco para a Copa do Brasil. O clube encara o Flamengo nesta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, pela ida das quartas de final. A bola rola às 21h30.
Quando o apito soou, Bahia e Botafogo começaram um partida marcada por equilíbrio desde o minuto inicial. Foram os cariocas que iniciaram com a bola e partiram imediatamente para o ataque, mas foram parados pela defesa dos donos da casa. Quando os tricolores conseguiram avançar, a marcação adversária impediu que o time de Rogério Ceni tivesse a posse de bola.
O Esquadrão só foi melhorar quando conseguiu acalmar os ânimos e passar a contar com as associações dos meio-campistas para gerar tabelas e chegar ao gol de John. Exatamente dessa forma que saiu o primeiro chute a gol dos baianos. Apesar de Jean Lucas não ter acertado a meta, a finalização serviu como uma marca da melhora. O problema esteve na tomada de decisão no último terço do campo, já que nem os chutes ou os cruzamentos estavam calibrados.
Se o Bahia não demonstrou muita inspiração ofensiva, os visitantes também pouco conseguiu oferecer perigo para Marcos Felipe. Durante a primeira etapa, foram raros os momentos onde os rivais conseguiram entrar na área. Parte do problema do jogo esteve nas constantes interrupções por faltas. A baixa minutagem de bola rolando coroou uma metade de partida pouco criativa para os jogadores de ambas as equipes, que somaram cinco cartões amarelos para ilustrar o confronto truncado.
Mudança
Na volta do intervalo, nem Ceni e Artur Jorge mudaram as equipes. O papo no vestiário serviu para agitar o embate e servir mais emoções. No entanto, os primeiros suspiros vieram com ares de preocupação quando Matheus Martins e Igor Jesus tiveram liberdade no início da etapa final para chutar de dentro da área tricolor. Apesar do insucesso nas finalizações, o Botafogo mostrou que havia melhorado. Inclusive, se não fosse o desvio de Marcos Felipe, o alvinegro teria aberto o placar com um chute de Marlon Freitas.
A equipe do português Artur Jorge passou a impor seu estilo de jogo, controlando a posse de bola e criando chances com perigo. Retraído, o Esquadrão se viu diante de um cenário onde precisava explorar os contra-ataques para se desvencilhar do cerco alvinegro. Foram duas bolas na trave e muita aflição da torcida.
Nos minutos finais, o Botafogo caiu fisicamente e viu o jogo mudar. O tricolor voltou a ter o controle da posse de bola e passou a agredir os visitantes com mais objetividade. Se de um lado Marcos Felipe foi a pedra no sapato dos cariocas, John, com ao menos três defesas incríveis, foi o responsável por impedir a Fonte Nova de vibrar um gol do Bahia. No final, os comandados de Ceni saíram aplaudidos pela torcida. Correio da Bahia