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A Bahia registrou na tarde desta sexta-feira (3) a sexta morte de uma pessoa com diagnóstico positivo para coronavírus. O paciente era um homem de 80 anos, com doença cardíaca preexistente, residente de Utinga, município do centro sul baiano, localizado na região da Chapada Diamantina.

O óbito do idoso era considerado suspeito e, após investigação, foi confirmada a causa da morte por Covid-19. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). De acordo com a Sesab, o número de casos confirmados na Bahia subiu de 282 para 290. Um dos pacientes é um bebê de seis meses. Não há detalhes sobre o município onde ele mora.

As cinco primeiras mortes de pacientes com coronavírus confirmadas pela Sesab ocorreram na capital baiana. A primeira delas foi notificada no último domingo (29). Era um homem de 74 anos, residente em Salvador, que estava internado no Hospital da Bahia, com outras doenças associadas. Ele era hipertenso, ex-fumante, dislipidêmico (com índice alto de gordura no sangue) e com sinais radiológicos de enfisema pulmonar.

A segunda morte foi registrada na segunda-feira (30). O paciente era um idoso de 64 anos que estava internado no Hospital Aliança, unidade particular da capital baiana. O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, detalhou que o paciente era diabético e hipertenso.

A terceira foi divulgada na última quinta-feira (2). O paciente era um homem de 88 anos, diabético, cardiopatia em uso de marca passo e tabagista até os 40 anos. Ele estava na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Bahia desde o dia 23 de março.

A quarta e a quinta morte foram divulgadas na manhã desta sexta. O primeiro paciente era um homem de 79 anos que estava internado no Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador, desde o último dia 15. Já a outra paciente era uma mulher de 44 anos, hipertensa, asmática e obesa, que estava internada em um hospital público de Salvador, desde 24 de março.

Sobe número de confirmados

Conforme o último boletim divulgado pela Sesab, dos 290 casos confirmados no momento, 1.913 casos foram descartados. Este número contabiliza todos os registros de janeiro até as 17 horas desta sexta.

Ao todo, 63 pessoas estão curadas e 35 encontram-se internadas. Estes números representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.

Ainda de acordo com a Sesab, de 27 a 03/04, 178 pacientes com suspeita de COVID-19 estão internados em hospitais do estado. Em comparação ao boletim de quinta-feira (2), houve um aumento quando tinha 143 casos.

Os casos confirmados estão distribuídos em 35 municípios do estado. A cidade Utinga registrou o primeiro caso da doença, o idoso que foi diagnosticado após morrer. Itabuna, Itororó, Prado, Teixeira de Freitas e Salvador tiveram aumento no número de casos, com maior proporção para a capital baiana, que passou de 167 para 183.

Os municípios com casos positivos são estes: Alagoinhas (3); Barra do Rocha (1); Barreiras (1); Barra (1); Belmonte (1); Brumado (5); Camaçari (4); Canarana (1); Candeias (1); Coaraci (1); Conceição do Jacuípe (1); Conde (1); Dias D’Ávila (1); Feira de Santana (20); Ilhéus (8); Ipiaú (1); Itabuna (5); Itagibá (1); Itajuípe (3); Itamaraju (1); Itororó (4); Jequié (1); Juazeiro (2); Lauro de Freitas (11); Medeiros Neto (1); Nova Soure (1); Pojuca (1); Porto Seguro (10); Prado (4); Salvador (183, sendo três importados); Santa Cruz Cabrália (2); São Domingos (1); Teixeira de Freitas (4); Vitória da Conquista (1); Utinga (1). Um caso notificado em Lauro de Freitas é de uma pessoa residente no estado do Rio de Janeiro. Um caso de Feira de Santana é de uma pessoa residente do estado de São Paulo. Assim como outro caso notificado em Feira de Santana é do estado do Piauí.

Perfil

Dentre os casos confirmados, 50,51% são do sexo masculino e 49,49% do sexo feminino. O coeficiente de incidência por 100.000 habitantes foi maior na faixa de 70 a 79 anos (3,66), indicando o maior risco de adoecer entre os idosos.

A Sesab destaca que os números são dinâmicos e na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação

O diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar. G1