EC Bahia

Um pesadelo que os tricolores não queriam viver parece estar bem vivo em 2021. Depois de 12 jogos no Campeonato Brasileiro, o Bahia repete a temporada passada e figura entre as piores defesas da Série A. Muito por causa de um jogo.

A goleada sofrida para o Flamengo, por 5×0, no domingo, em Pituaçu, elevou a quantidade de gols sofridos pelo Esquadrão consideravelmente. O time já foi vazado 19 vezes e supera apenas a Chapecoense, lanterna do Brasileirão, que levou 23.

O tricolor tem uma média de 1,58 gol sofrido por partida. Dos 12 jogos que disputou, o time teve as redes balançadas em oito, o que representa 66,6% dos confrontos. Santos, Corinthians, Chapecoense e Juventude são os ataques que passaram em branco diante do time baiano.

Com a segunda pior defesa do torneio, o sinal de alerta foi ligado na Cidade Tricolor. No ano passado, o Bahia também sofreu com problemas defensivos. Numa campanha em que brigou contra o rebaixamento até as últimas rodadas, o time terminou a Série A com a terceira defesa mais vazada.

Em 2020, a equipe sofreu 59 gols no Campeonato Brasileiro e superou só os rebaixados Goiás e Botafogo, que levaram 63 e 62, respectivamente. Foi o pior desempenho do clube na era dos pontos corridos com 20 equipes.

Mudanças
Curiosamente, o sistema defensivo vinha sendo ponto positivo do Bahia na temporada. Sob o comando de Dado, o zagueiro Juninho voltou a atuar bem e casou uma boa dupla com o argentino Conti.

A situação mudou quando Conti se machucou e saiu do time. A média de gols sofridas praticamente dobrou na ausência do defensor.  A equipe, que até então havia sofrido cinco gols, levou mais nove na Série A. Existia a expectativa de que com o retorno do argentino o Esquadrão voltasse aos trilhos, mas aí o Bahia sofreu uma nova baixa.

Com a saída de Juninho, vendido ao Midtjylland, da Dinamarca, Dado vai ter que rearrumar o setor. Contra o Flamengo, Ligger foi o parceiro de Conti e não conseguiu boa atuação – como todo o setor. O jogador de 33 anos foi contratado como reposição a Juninho e deve ganhar sequência nos próximos compromissos.

Entre as opções, Dado Cavalcanti tem ainda Luiz Otávio, Lucas Fonseca e Gustavo Henrique, que disputou o Campeonato Baiano pelo time de transição, mas ainda não recebeu chances na equipe principal. Na visão do presidente Guilherme Bellintani, a defesa já está completa e dificilmente o clube contratará novas peças.

“A linha de defesa hoje está completa. Poderá trazer alguém se alguém sair. Nós temos Conti, Lucas Otávio, Ligger, Lucas e Gustavo. Em determinado momento, havia hipótese de negociação de Juninho Capixaba, que não se concretizou. E a gente estava buscando lateral esquerdo para repor. Mas a gente não tem condição de ter três laterais direitos e três laterais esquerdo”, disse o presidente tricolor durante entrevista ao canal oficial do clube.

Com os problemas escancarados, o Bahia vai ter agora uma semana para juntar os cacos e se preparar para o próximo desafio. O tricolor voltará a entrar em campo no próximo domingo (25), quando visitará o Atlético-MG, pela 13ª rodada do Brasileirão, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte. (Correio da Bahia)