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Um estudo divulgado pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), nesta sexta-feira (17), revelou que a Bahia perdeu R$ 1,5 bilhão em receitas brutas nos meses de abril, maio e junho de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado. O levantamento considera tudo que foi arrecadado com impostos e taxas e transferências estaduais.

No entanto, para o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório, este dado ainda não revela a totalidade dos impactos da pandemia na economia baiana. Ele acredita que a falta de ajuda federal vai aumentar o problema.

“O pacote de ajuda federal foi desidratado nas discussões entre o congresso e a equipe econômica, o que na prática reduziu seu alcance, prolongando a situação de dificuldade que os Estados já vinham enfrentando antes da pandemia”, afirma Vitório.

Principais perdas

A arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sofreu um deficit de R$ 1,02 bilhão em comparação com os números de 2019. O Fundo de Participação dos Estados também sofreu impactos, defasagem de R$ 395,8 milhões. Além disso, de acordo com a Sefaz, a Bahia já contabiliza um gasto de R$ 812,5 milhões. Há mais despesas projetadas para as próximas semanas, totalizando R$ 877 milhões.

De acordo com o órgão, os gastos ocorreram nas áreas de Saúde, Educação, Justiça e Direitos Humanos, Administração Penitenciária, Administração e Segurança Pública, incluindo as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros.

“Será necessário um esforço muito grande de todos os órgãos do governo nos próximos meses para que o Estado consiga seguir honrando seus compromissos e atuando como garantidor da paz social sob a forma de políticas públicas essenciais de saúde, educação e segurança”, destaca Vitório.

De acordo com último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a Bahia tem 116.373 casos da doença confirmados de coronavírus e 2.693 mortes pela doença, desde o início da pandemia. G1