A temporada de cruzeiros foi autorizada pelo Ministério do Turismo e será retomada em novembro na Bahia. O primeiro navio vai atracar no porto de Salvador em pouco mais de um mês e a previsão é que 42 embarcações passem pela capital baiana até o mês de março. A expectativa é que 200 mil turistas desembarquem em Salvador e comerciantes e órgãos de turismo esperam que a chegada dos viajantes aqueça as vendas na cidade.
O secretário municipal da pasta, Fábio Mota, disse que Salvador está preparada para voltar a receber as pessoas. Segundo ele, o município adotou corretamente os protocolos de combate à pandemia e a discussão agora é somente a forma que eles serão adotados para evitar a proliferação da Covid-19.
“A cidade está pronta. Não tem nenhum empecilho para que os cruzeiros comecem a chegar em Salvador a partir de novembro e até março, onde a gente espera receber até 200 mil turistas”, pontou. Apesar da liberação do Ministério do Turismo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda precisa lançar uma portaria com os protocolos. As viagens devem respeitar as regras de cada cidade onde os navios atracarem.
Por esta razão, o infectologista Robson Reis disse que a retomada é importante, mas destacou que os cuidados devem ser tomados. Segundo ele, os viajantes passam por países de situação epidemiológica diferentes, e protocolos não seguidos fora dos navios podem provocar a infecção pela doença.
“Essas pessoas também descem em vários pontos de parada, onde dentro do cruzeiro a empresa pode ter o controle. Mas nesses locais externos, onde a situação epidemiológica da Covid-19 pode não estar tão confortável e isso aumenta o risco de transmissão”, comentou o médico.
Aquecimento no comércio
Os comerciantes já estão na expectativa para a chegada dos turistas para aquecer as vendas, afetadas durante as restrições. Na última temporada de cruzeiros realizada antes da pandemia, entre novembro de 2019 e março de 2020, Salvador recebeu 165 mil turistas. O número representou 10% a mais que o fluxo na temporada anterior. Por isso, os vendedores imaginam que o comércio seja bem mais movimentado nos próximos meses.
Solange Argolo, por exemplo, disse que, dependendo do cliente, as vendas podem chegar a R$ 1.000. “[Eles, os turistas] Levam bastante lembrança de Salvador. Tem cliente que gasta R$ 400, R$ 500, R$ 1.000, dependendo do cliente e do que temos a oferecer a ele”, comentou. Adenilton tem um ponto de vendas de pimentas, castanhas e produtos da terra. E aguarda com expectativa a chegada dos cruzeiros. “Que cheguem esses turistas o mais breve possível! Estamos de braços abertos esperando”, disse o comerciante. G1
