EC Bahia

Apesar da vitória sobre o Fortaleza, em partida disputada no último sábado, no estádio de Pituaçu, o Bahia fechou o primeiro turno da atual edição da Série A com a pior campanha desde a temporada 2017, quando retornou à elite do futebol nacional. O roteiro é bem parecido com o do ano passando, com direito a más atuações, sistema defensivo problemático e troca de treinador.

O ge fez um balanço da campanha do Tricolor na primeira metade do Brasileirão, a competição mais importante da temporada. Veja os números do time, comparação com os últimos anos, as mudanças e os destaques.

A campanha

O Bahia encerrou o turno com 21 pontos, ocupando a 16ª posição na tabela. A distância para o Z-4 é de apenas três pontos. A defesa, mais uma vez, é uma dor de cabeça: são 32 gols sofridos, a pior marca da Série A.

Um fim de turno terrível para quem passou a maior parte da competição na primeira página da tabela. A primeira vez que o Bahia apareceu abaixo da lista dos dez primeiros colocados foi ao fim da 16ª rodada, quando foi derrotado pelo Atlético-GO e caiu para a 13ª posição.

Àquela altura, a equipe experimentava uma sequência de seis rodadas sem vencer no Brasileirão, gastando toda a gordura acumulada no início do torneio. A comparação com as temporadas anteriores mostra como o Bahia conseguiu piorar o seu desempenho. Desempenho do Bahia no 1º turno nos últimos 4 anos

Temporada Pontuação Posição
2017 23 pontos 13º lugar
2018 25 pontos 9º lugar
2019 31 pontos 7º lugar
2020 22 pontos 13º lugar

Os números

  • Gols feitos: 24;
  • Gols sofridos: 32;
  • Mandante: 10 jogos, 4 vitórias, 5 derrotas e um empate;
  • Visitante: 9 jogos, 5 derrotas, 2 vitórias e 2 empates;
  • Jogadores mais utilizados: Gilberto (18), Rodriguinho (18), Patrick (18), e Rossi (17);
  • Artilheiros: Gilberto, 8 gols; Rodallega, 4 gols; Rodriguinho, 3 gols.

As mudanças

Como aconteceu em todos os anos da gestão de Guilherme Bellintani, o Bahia trocou de técnico. Responsável por livrar a equipe do rebaixamento no ano passado e pelo título do Nordestão diante do Ceará, Dado Cavalcanti não resistiu à sequência negativa e foi demitido no dia 17 de agosto, após a derrota para o Atlético-GO.

No jogo seguinte, diante do Grêmio, a equipe foi comanda por Bruno Lopes, português que treina o time de transição. Na ocasião, o argentino Diego Dabove, escolhido pela diretoria tricolor para dar sequência ao trabalho, acompanhou da arquibancada a derrota por 2 a 0.

Dabove assumiu a equipe somente na rodada seguinte e estreou com uma derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no Maracanã.

O destaque

Por sua regularidade como principal peça ofensiva, Rossi desbanca Gilberto e seus oito gols no Campeonato Brasileiro. Apesar do início arrasador, o artilheiro tricolor não conseguiu contribuir no momento mais delicado. Nos últimos 11 jogos, Gilberto balançou as redes apenas uma vez.

Rossi não é goleador, tanto que tem apenas um gol na Série A. Em compensação, ele distribuiu cinco assistências. Embora tenha momentos de instabilidade em campo e leve muitos cartões, ele costuma ser o atacante mais acionado do time.

Quem decepcionou

A expectativa em cima de Rodriguinho era alta, afinal ele fez um bom primeiro semestre e foi fundamental na conquista da Copa do Nordeste. Só que, na Série A, apesar dos três gols marcados, o camisa 10 não rendeu o esperado, assim como já havia acontecido na edição passada.

Em que pese que a equipe, coletivamente, está mal, Rodriguinho é o cara de quem se espera aquele toque diferenciado. Não aconteceu. Aos 33 anos, o meia parece sempre desconfortável em jogos que exigem mais intensidade, sobretudo porque o Bahia opta, muitas vezes, em marcar em um bloco mais baixo, o que não combina com seu estilo de jogo.

A caminhada continua

O Bahia segue com intervalos de uma semana entre os jogos, tempo importante para que Diego Dabove implemente suas ideias de jogo. A primeira partida do returno está marcada para sábado, diante do Santos, na Vila Belmiro. (Globoesporte)