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O Ministério da Saúde vai ampliar a vacinação contra a dengue para adolescentes até 14 anos. Foi um pedido de secretarias estaduais, porque, nos postos de saúde, a procura por imunização está muito baixa. A vacina contra a dengue foi distribuída para 16 estados e o Distrito Federal; mais de 500 cidades receberam as doses do Ministério da Saúde.

Nesta primeira etapa, estão sendo priorizadas as regiões com mais casos da doença nos últimos anos e, mesmo assim, a procura pela vacina ainda está baixa. A recomendação do Ministério da Saúde era de que as doses, neste primeiro momento, fossem destinadas a crianças de 10 e 11 anos.

Minas Gerais, estado com o maior número de notificações de dengue, não aplicou nem 2% dos imunizantes recebidos. Em Roraima, a adesão está ainda menor: cerca de 0,5%. O Distrito Federal é o que tem a melhor taxa – 35% – e, ainda assim, bem longe do ideal. Considerando os oito estados mais o DF, que disponibilizaram os dados, apenas 16,7% das doses foram aplicadas.

Em Salvador, são mais de 100 pontos de imunização em unidades de saúde e até drive thru, mas só 16 mil habitantes se vacinaram, apesar das 56 mil doses disponibilizadas. “A meta de vacinação é 90%. Então, a gente precisa estar vacinado para que, caso aumente o número de casos, a gente tenha uma população vacinada. E não a gente se vacinar depois do caos instalado”, alerta Doiane Lemos, coordenadora de imunização da Secretaria de Saúde de Salvador.

A vacina Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, utiliza um vírus atenuado para induzir a resposta imunológica. Depois de 90 dias da primeira dose, é necessária uma segunda aplicação. “A segunda dose vai fazer com que a pessoa tenha uma proteção prolongada, porque se não houver a segunda dose, há uma perda dessa proteção com o passar das semanas”, explica Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. G1