João Cotta/TV Globo

Após cem dias de confinamento no Big Brother Brasil 21, os três finalistas começam a entender agora a dimensão da exposição que tiveram e já fazem planos para usar o momento para alavancar suas carreiras ou até mesmo dar uma reviravolta nelas.

A paraibana Juliette Freire, 31, no entanto, parece não ter pressa e admite estar com medo após a vitória. “Estou assustada, não sei como será minha vida, é muita coisa. Mas é medo bom, aquele frio na barriga de quando você acha que vai dar certo.”

Em conversa online com a imprensa, realizada na quarta-feira (5), Juliette, que levou o prêmio de R$ 1,5 milhão após receber 90,15% dos votos, afirmou que não entrou no programa para conseguir fama, mas segurança financeira.

“Não tinha o objetivo de ser influenciadora, ficar famosa, meu objetivo era segurança financeira. Eu tinha coisas urgentes, como a saúde da minha mãe. E tinha esperança de ser bom, o resto seria consequência. Já se fosse ruim eu ia chorar”, brinca.

Apesar do resultado positivo, a jornada de Juliette acabou sendo conturbada no BBB. Desentendimentos, críticas e comentários de seus colegas dificultaram seu jogo nas primeiras semanas. “Duvidei até da minha inteligência, duvidei de tudo”, desabafa.

“Não conseguia me olhar no espelho, sentia coisas horríveis, nem gosto de lembrar. Na última prova, eu só queria um abraço. Precisava saber que eu era querida (…) É muito ruim quando as pessoas não acreditam em você”, afirma ela, que diz ter tirado um nó da garganta ao ver o apoio que tinha fora da casa.

Mas se a pressão a testava de um lado, ela lhe dava força do outro. Juliette conta que não se achava favorita ao prêmio, mas sentia algo nos discursos do apresentador Tiago Leifert e na forma que os colegas tentavam evitar que ela se posicionasse. “Mas tinha medo de verbalizar e parecer pretensiosa”, afirma.

Para Juliette, a exclusão que sofreu foi determinante para sua vitória. “Acho que o que aconteceu comigo mostrou que ninguém é perfeito, as coisas difíceis vão chegar e a gente tem que ter força para passar por isso. Me sinto honrada por ter doado minha história, minha vida para ajudar as pessoas de alguma forma.”

Mas e o sentimento em relação aos colegas de confinamento? Juliette afirma que quer sim conversar, olhar no olho de todos, na esperança de que a escutem. Amizade, no entanto, ela não sabe ainda: “Preciso ver tudo, entender tudo antes”, afirma.

Por enquanto, a prioridade de Juliette é sua família. Segundo ela, esse é o destino inicial de seu prêmio de R$ 1,5 milhão. Cuidar da saúde de sua mãe, deixar sua família numa situação confortável. O resto é incerto, mas nada parece descartado.