EC Bahia

Foi por uma infelicidade de Martín Rodríguez que a posição de titular no Vitória caiu no colo de Ronaldo. Justo ele, tão criticado na temporada passada e visto com desconfiança por muitos torcedores. Mal sabia o torcedor rubro-negro o que estava por vir. Com uma grande atuação, o goleiro foi o maior destaque da partida deste sábado e um dos responsáveis pelo triunfo por 2 a 0 do diante do Bahia, resultado que encerra um jejum de 12 jogos do Vitória contra o maior rival.

Os técnicos não promoveram grandes novidades na definição dos times titulares. Se Roger Machado escalou a mesma equipe dos três jogos feitos na temporada, Geninho só foi forçado a mexer no ataque e mandar a campo Léo Ceará, já que Alisson Farias está machucado. E o que se viu em campo, especialmente no primeiro tempo, foi o Vitória mais à vontade com as ideias do seu treinador que os mandantes.

Mesmo fora de casa e, consequentemente, em um ambiente completamente desfavorável de torcida única, o Vitória começou jogando com a bola nos pés. A equipe atacava em um 4-3-3, com Léo Ceará bem participativo pelo lado esquerdo e responsável por uma bola na trave logo no início da partida.

Só que, aos poucos, o Bahia “entrou na partida” e também chegou ao ataque, principalmente em jogadas rápidas com Élber. Mas aí começava o calvário do Tricolor diante de Ronaldo, grande personagem do jogo. O goleiro teve uma noite de milagres, uma delas, na etapa inicial, defendendo cabeçada à queima-roupa quase na pequena trave.

E o Vitória ainda tinha a bola parada de Thiago Carleto… O lateral já é conhecido pela qualidade na bola parada, seja onde for. E comprovou o status ao longo da partida. Chutou de tudo que foi jeito até abrir o placar, contando também com a demora de reação de Douglas.

Após o gol, o Vitória viu um Bahia inseguro e soube se segurar, por vezes, com uma linha de cinco jogadores na frente dos zagueiros. E, quando o jogo se encaminhava, para um placar magro no intervalo, Vico ampliou de cabeça após cobrança de escanteio na medida de Thiago Carleto. E aí o ambientei ficou totalmente favorável ao Rubro-Negro. Faltou sofrer menos.

O Vitória tinha tudo para fazer um segundo tempo mais tranquilo: torcida do Bahia furiosa, adversário inseguro e mais exposto, boa vantagem para aproveitar os contra-ataques. Só que o time teve dificuldade para sair jogando e sofreu com uma blitz nos primeiros minutos. Sorte que Ronaldo apareceu mais uma vez para operar milagres de longe: em cobrança de falta de Juninho Capixaba, chute forte de Élber, e por aí vai.

Somente a partir dos 20 minutos do segundo tempo que o Vitória conseguiu esfriar a pressão do Bahia e passar mais tempo com a bola. Defensivamente, o Rubro-Negro também sofreu menos com o passar do tempo e exigiu menos de Ronaldo. De quebra, quase fez mais um no finalzinho, mas Vico perdeu na cara do gol.

O triunfo por 2 a 0 sobre o Bahia premia um bom primeiro tempo do Vitória, que não abriu mão de jogar, mesmo fora de casa e foi eficiente nas suas oportunidades. Também eleva a confiança de jogadores por vezes vistos com desconfiança, casos de Ronaldo e Léo Ceará. A situação deixa o técnico Geninho com o ambiente ideal prestes a fazer um jogo fundamental, contra o Imperatriz, na Copa do Brasil. Globoesporte