Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em derrubar o sigilo de gastos da presidente da República, Jair Bolsonaro continua a negar acesso ao extrato de seu cartão corporativo. Decisão do Supremo entrou em vigor no dia 11 de novembro, há quase um mês.

No entanto, até agora, o Portal da Transparência sustenta em segredo a forma como foram gastos R$ 9,8 milhões do cartão corporativo de Bolsonaro, tanto na Presidência da República quanto em órgãos como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O valor representa o maior gasto no período desde 2014, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT). Na vice-presidência, outros R$ 468,5 mil também continuam em sigilo.

Esta não é a primeira vez que o governo Bolsonaro toma atitudes contrárias à transparência das informações públicas. Em janeiro, o então presidente em exercício, Hamilton Mourão, alterou a Lei de Acesso à Informação (LAI) para dificultar o acesso a dados e documentos do governo federal.

Decisão de Mourão buscava ampliar o número de servidores públicos com poder para colocar informações em sigilo. No entanto, projeto acabou derrubado pelo Congresso em fevereiro.