16/04/2020 Coletiva de Imprensa com o Presidente da República, Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta terça-feira (27) a decisão sobre a quebra de sigilo  de seu principal ajudante de ordem, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. Segundo ele, “pessoal” da Polícia Federal que pediu a quebra de sigilo bancário “come na mão” do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com a Folha de São Paulo, a PF encontrou elementos no telefone de Cid que levantaram suspeitas de investigadores sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República. Moraes deferiu o pedido da PF para que a corporação tenha acesso aos dados do assessor do mandatário.

Em live transmitida nas redes sociais nesta terça, o presidente também acusou o ministro de ser o responsável pelo vazamento das informações encontradas na quebra do sigilo de Cid.

“Foi o Alexandre de Moraes que vazou. Não vem com papinho que foi a PF não, porque a PF, esse pessoal da PF, Alexandre de Moraes, come na tua mão. Então, foi você que vazou”, disse.

O presidente disse ainda que o total de valores movimentados é de R$ 12 mil. Segundo ele, Cid faz o pagamento de despesas da primeira-dama Michelle Bolsonaro, como manicure e plano de saúde de um parente, além de pagar uma tia que costuma cuidar de sua filha Laura.

Bolsonaro disse que Moraes “ultrapassou todos os limites” com a decisão contra Cid por ter atingido gastos de sua esposa. “Alexandre, você mexer comigo é uma coisa, você mexer com minha esposa, você ultrapassou todos os limites, Moraes, todos os limites. Está pensando o que da vida? Que pode tudo e tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? Isso que passa na tua cabeça? É uma covardia”.