O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, por meio de nota, que barrou o candidato à prefeitura da capital Pablo Marçal (PRTB) de seu trio elétrico durante o ato realizado na Avenida Paulista, neste sábado (7), porque o coach queria “fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros”.
Bolsonaro ainda classificou o episódio como um “lamentável incidente” e disse que os outros candidatos presentes, Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (NOVO), tiveram “conduta exemplar e respeitosa”.
A tentativa de Marçal acessar o trio elétrico se deu após o discurso no qual o ex-presidente voltou a defender a anistia para os condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro e chamou de ditador o ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos nos quais ele é investigado.
Em seus perfis reservas nas redes sociais, Marçal publicou um vídeo relatando ter sido impedido de subir no caminhão. Depois, por meio de nota, se disse surpreso com a atitude de Bolsonaro, por quem ele afirma ter sido convidado a participar do ato. “Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar”, afirmou o coach.
Segundo um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), no ápice, o ato deste sábado reuniu entre 40 mil e 50,8 mil pessoas na avenida. Em fevereiro, outro ato convocado por Bolsonaro chegou a contar com 185 mil pessoas.
Oficialmente, o candidato apoiado por Jair Bolsonaro em São Paulo é Ricardo Nunes (MDB), tendo indicado o coronel Mello Araújo como vice da chapa. Contudo, segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (5), Marçal é quem lidera as intenções de voto entre bolsonaristas e eleitores do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). G1