Foto: Marcos Corrêa/PR

A divulgação das inconsistências e das suspeitas de fraudes no currículo do recém-nomeado ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, deverá fazer com que ele seja exonerado antes de tomar posse do cargo. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Jair Bolsonaro espera que Decotelli peça demissão, evitando um desgaste ainda maior para o governo. Dentre as razões alegadas por assessores palacianos está o fato de Decotelli ser o único negro no primeiro escalão do atual governo.

A posse do novo ministro da Educação estava marcada para esta terça-feira (30), mas foi adiada após as denúncias de que Decotelli teria fraudado seu currículo se tornarem públicas. As revelações são de que ele fraudou seu currículo, com cursos de doutorado (na Argentina) e pós-doutorados (na Alemanha) inexistentes. Além disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) também desmentiu Decotelli ao negar que ele tenha sido professor da instituição.

Ainda segundo a reportagem , a expectativa é Bolsonaro deverá tome uma posição sobre o futuro de Decotelli no governo até o início da noite desta terça. A reportagem destaca, ainda, que os nomes do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, do ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant’Anna e o conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação) Antonio Freitas voltaram a ganhar força para assumir o cargo no caso da saída de Decotelli. Os três possuem apoio da ala ideológica, composta por seguidores do guru do bolsonarismo, o astrólogo Olavo de Carvalho.