Agência Senado

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comentaram nesta terça-feira (21) o discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Em sua fala nos Estados Unidos nesta terça-feira (21), Bolsonaro usou dados distorcidos para exaltar a política ambiental e o desempenho da economia brasileira durante o seu governo e defendeu a adoção do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, cuja ineficácia é cientificamente comprovada.

Para Lira e Pacheco não houve surpresa na fala do mandatário, e o senador disse que há pontos do discurso que “discorda”, mas que é preciso respeitar.

“Nos aspectos gerais, nada que surpreenda a política brasileira. Falou o que já vem falando há muito tempo internamente no país”, disse Lira.

“[O presidente] falou de temas específicos, mas fez a visão com o detalhamento do Brasil, os aspectos de infraestrutura, meio-ambiente, combate à pandemia e outras questões, mas de uma maneira que só ele pode avaliar. Mas não há nada de novo no discurso do presidente”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados.

Já Pacheco disse que Bolsonaro “destacou pontos importantes do Brasil”, como projetos necessários para o país.

“Obviamente que há posições do presidente com as quais eu discordo, eu não concordo, mas são convicções dele, já conhecidas de todos. Portanto, não há grandes surpresas em relação à fala do presidente àquilo que ele normalmente prega”, disse o senador.

“Portanto destaco pontos positivos, outros pontos, repito, com os quais eu não concordo, mas que nós devemos respeitar”, afirmou Pacheco.

Primeiro chefe de Estado a discursar, Bolsonaro disse não entender por qual motivo “muitos países, juntamente com grande parte da mídia”, se opõem ao tratamento precoce contra a Covid-19.

Nem Lira, nem Pacheco comentaram especificamente sobre esse tema. Os parlamentares disseram ter assistido juntos ao discurso.

Durante a fala do presidente, os dois participavam de reunião, na residência oficial do Senado, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre precatórios.

“Paramos um pouco a reunião para assistirmos ao pronunciamento do presidente da República”, afirmou Pacheco. G1