Agência Brasil

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta última quinta-feira (9), Jair Bolsonaro comentou a carta que publicou mais cedo na qual sinalizou um recuo nos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro falou que o ex-presidente Michel Temer “colaborou com algumas coisas na nota”, que, na visão dele, “não tem nada de mais”.

O ocupante do Palácio do Planalto deu a entender que o objetivo da nota foi apaziguar os ânimos, mostrar que está “pronto para conversar” e chegou a mostrar os impactos positivos de sua declaração no mercado financeiro. Ele negou ainda ter agredido anteriormente qualquer instituição: “minha briga é com uma pessoa”. “Bons frutos aparecerão nos próximos dias”.

Bolsonaro também tentou se explicar e se desculpar com seus apoiadores que ficaram insatisfeitos com o gesto: “eu não vou sair das quatro linhas. Alguns querem uma ação mais imediata. Já estão descendo a lenha em mim. Natural. Paciência”. O chefe do governo ainda pediu que seus apoiadores tenham calma: “dá um tempo, dá uns dois, três dias para gente”.

Bolsonaro aproveitou para defender os atos golpistas e antidemocráticos realizados na terça-feira, 7 de setembro, dizendo que os manifestantes pediam apenas por “liberdade e respeito à Constituição”. Ele ignorou, no entanto, os ataques feitos ao Judiciário e os pedidos de intervenção militar nos Poderes.

O chefe do governo ainda afirmou não ver problema em pedidos para fechamento de instituições. Afinal, segundo ele, “quanta gente fala ‘Fora Bolsonaro’? Tem um montão ou não tem? De vez em quando eu escuto: ‘Fora genocida”.

Sobre a paralisação da caminhoneiros que vem ocorrendo em partes do país, Bolsonaro pediu que a categoria não deixe a greve avançar para depois de domingo (12) para não causar um “problema sério de desabastecimento”. G1