EC Bahia

Na noite em que conquistou o seu primeiro triunfo fora de casa na Série B ao vencer o Náutico, nesta sexta-feira (15), por 1×0, no estádio dos Aflitos, o Bahia teve o garoto Douglas Borel como grande personagem do duelo. Foi dele o gol que garantiu os três pontos, mas na comemoração do seu primeiro como profissional, o lateral recebeu o segundo cartão amarelo, foi expulso com apenas 12 minutos e deixou o time com um homem a menos.

Apesar da inferioridade numérica na maior parte do jogo, o Bahia conseguiu se segurar no Recife. Os seis pontos somados garantem ao tricolor a liderança após duas rodadas. O Esquadrão agora vai mudar o foco para a Copa do Brasil. Já na terça-feira (19), encara o Azuriz-PR, na Fonte Nova, pelo jogo de ida da terceira fase da competição. O próximo jogo pela Série B será na sexta, contra o CSA, em Maceió.

DO CÉU AO INFERNO
Sem os atacantes Rodallega e Matheus Davó, ambos machucados, o técnico Guto Ferreira apostou em um ataque com mais mobilidade e escalou Vitor Jacaré ao lado de Raí e Marco Antônio.

Apoiado pela torcida, o Náutico tentou assustar o goleiro Danilo Fernandes em chute de Júnior Tavares que foi para fora. Diante da dificuldade do tricolor para segurar a bola no meio-campo, o Timbu esboçava uma pressão que não teve nem tempo de se sustentar.

Isso porque aos 12 minutos saiu o gol do Bahia. Quando conseguiu encaixar contra-ataque, Marco Antônio descolou ótimo passe para Douglas Borel. O lateral direito soltou a bomba na saída do goleiro Lucas Perri e fez 1×0.

Apesar da vantagem no placar, o Esquadrão ficou em inferioridade numérica, já que na comemoração, Borel tirou a camisa. Como já tinha cartão amarelo, ele levou o segundo e foi expulso. A atitude fez Guto Ferreira tirar o meia Daniel e colocar Jonathan em campo para ajustar o sistema tático.

Com um jogador a mais, o Náutico se lançou ao ataque e passou a pressionar mais. O tricolor então adotou a estratégia de se defender e aproveitar o erro pernambucano para sair em contra-ataque. Aos 22 minutos, Jacaré disparou em velocidade e, mesmo disputando com o marcador, conseguiu finalizar. Lucas Perri defendeu.

Aos 41 minutos, o Náutico quase chegou ao empate quando Ewandro recebeu livre o cruzamento na pequena área, mas errou a finalização. A resposta do Bahia veio com a bola na rede em chute de Marco Antônio, aos 48 minutos, mas a arbitragem marcou impedimento. O jogador estava em posição legal.

TRIUNFO GARANTIDO 
O Bahia voltou do intervalo com o mesmo time e o panorama da partida seguiu bem parecido com o da primeira etapa, com o Náutico presente no campo de ataque e o Esquadrão buscando o contra-ataque.

Isolado no ataque, Vitor Jacaré ficou encaixotado entre os marcadores e com muita dificuldade para desenvolver as jogadas. A partir dos 18 minutos, o jogo saiu do controle da arbitragem com muita discussão entre os jogadores dos dois times. O juiz precisou aplicar cartões para contornar a situação. Guto Ferreira aproveitou a parada e colocou Ronaldo e Emerson Santos na partida.

A partir dos 27 minutos os dois times voltaram a ficar com o mesmo número de atletas quando Djavan fez falta dura em Emerson Santos, recebeu o cartão vermelho direto e foi expulso. Mas foi o Náutico quem quase chegou ao empate. A falta cobrada por Jean Carlos tinha endereço certo, e Danilo Fernandes se esticou e salvou.

No duelo aberto, o Bahia tentou responder na jogada em velocidade construída por Raí, só que Rildo pegou mal na bola e o chute de fora da área passou longe do gol. A partida teve emoção até o último minuto. Em nova cobrança de falta, Jean Carlos voltou a exigir boa defesa de Danilo Fernandes. Correio da Bahia