© Divulgação/ Governo do Estado do Rio de Janeiro

Números do Ministério da Saúde mostram uma boa notícia: o Brasil realizou mais de 6 mil transplantes este ano. No entanto, mais de 40 mil pacientes estão à espera de um órgão. E destes, 92% aguardam por um rim. O Brasil nunca viu tanta doação de órgãos como no primeiro semestre deste ano. Mais de 1.900 doadores possibilitaram a realização de 4.300 transplantes, 16% a mais do que no mesmo período do ano passado. De lá para cá, mais pacientes conseguiram sair da lista.

Há a alternativa da hemodiálise: uma rotina de muitas horas, várias vezes por semana, que só termina quando o paciente consegue o doador para ter um novo rim. E pela legislação brasileira, a doação só acontece se o paciente tiver o diagnóstico de morte cerebral e se a família autorizar. Mas se o total de transplantes este ano já passa de 6 mil, esse número poderia ser ainda maior.

Ronaldo Honorato Barros dos Santos, médico da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, diz que muitas famílias recusam a doação por falta de conhecimento. E afirmou que é preciso melhorar a comunicação. “Nós temos 43% das famílias que recusam a doação talvez por desconhecimento, talvez por não compreensão de todo o processo da doação e dúvidas que realmente possam ocorrer nesta situação. Para quem espera na fila, um dia já é demais. Uma semana. É demais”, argumentou. G1