O ano de 2019 registrou o segundo maior número de mortes por dengue desde 1990, quando os registros passaram a ser contabilizados. Segundo dados do Ministério da Saúde, 754 óbitos foram confirmados até o dia 7 de dezembro. O número só perde para o de 2015, quando houve uma das piores epidemias da doença, com 986 mortes. O total representa um crescimento de 517% em relação a 2018, quando foram registrados 247.983 casos. Especialistas relacionam os novos casos ao aumento da circulação do sorotipo 2 da dengue, que aumenta a chance de haver pessoas suscetíveis ao vírus. “Tivemos em 2019 um verão bem intenso, com altas temperaturas, o que favorece a reprodução do mosquito e ocorrência de epidemias”, afirma o coordenador do programa de dengue do ministério, Rodrigo Said. “Também tivemos a mudança no sorotipo. Se observarmos a série histórica, a cada momento em que há essa mudança, há aumento de casos”.