O Brasil teve 9.898 casos de sarampo confirmados até a última quarta (21). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde. Mais de 9 mil casos confirmados da doença se concentram no estado do Amazonas. Durante meses, mais de 7 mil casos no estado ficaram sob investigação até que uma força-tarefa ajudou a confirmar os casos resultando em um salto do número de casos confirmados da doença no país.

 

Roraima vive um surto, mas com um número bem inferior: são 347 casos confirmados. A maior concentração de casos aconteceu entre fevereiro e abril e agora o número de novos casos está caindo. No Amazonas, o número de casos também está caindo e a alta dos casos confirmados se deve ao acumulado de casos sob investigação dos meses de julho e agosto.

 

Ainda segundo o boletim, três estados apresentaram mortes pela doença: quatro em Roraima, seis no Amazonas e três no Pará. Ainda segundo o Ministério da Saúde, os surtos de sarampo que o Brasil enfrenta nos dois estados estão relacionados à importação do vírus de genótipo D8 da Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017. Casos isolados também relacionados à importação foram identificados em alguns estados.

 

São eles: São Paulo (3), Rio de Janeiro (19); Rio Grande do Sul (45); Rondônia (2), Pernambuco (4), Pará (26), Distrito Federal (1) e Sergipe (4). O Brasil atingiu a meta geral de vacinação de crianças contra sarampo e poliomelite estabelecida pelo Ministério da Saúde. A meta do governo era vacinar 95% do público-alvo (crianças de 1 a cinco anos).

 

Segundo o balanço final, a cobertura vacinal ficou em 95,4% para a pólio e 95,3% para sarampo, totalizando 10,7 milhões de crianças vacinadas. Porém, 516 mil crianças não receberam as doses recomendadas. A única faixa etária que não chegou ao índice de 95% foi a de um ano de idade, cuja cobertura está em 88%.

 

Apesar do fim da campanha, a vacina continua disponível o ano inteiro nos postos de saúde. A região das Américas tem mais de 8 mil casos confirmados de sarampo, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (25). Segundo o boletim, os números causam preocupação já que o vírus causador da doença se espalha facilmente.

 

Ao todo, onze países da região tem casos confirmados da doença em 2018. A Venezuela é a responsável pelo maior número de registros com 5.525 casos e 73 mortes. O Brasil é o país com o segundo maior número de casos registrados. Antígua e Barbuda (1), Argentina (14), Canadá (25), Colômbia (129), Equador (19), Estados Unidos (142), Guatemala (1), México (5) e Peru (38) também notificaram casos.