Após 14 dias, chegou ao fim a caçada ao brasileiro que fugiu de uma prisão americana. Danilo Cavalcante foi capturado e vai cumprir pena de prisão perpétua pelo assassinato de sua ex-namorada em uma prisão de segurança máxima nos Estados Unidos.
Em julho 2006, Danilo, que tinha 17 anos, estava internado há dois meses em um centro para menores infratores em Palmas, onde fez sua primeira fuga. Ele aproveitou uma confusão entre outros internos e escalou um muro de 4,5 metros de altura.
“Ele cometia pequenos furtos ali na vizinhança. E aí esses pequenos furtos, eles foram se tornando mais violentos. Começou a andar armado com arma branca, com faca, depois com arma de fogo […] ele chegou a em 2006, numa tentativa de cometer um roubo, tentou matar a vítima, esfaqueando ela lá em Paraíso”, conta Adriano Borges, agente da Polícia Civil de Tocantins.
Depois de pular o muro do centro socioeducativo onde estava internado, Danilo seguiu a pé pela rodovia de 60 quilômetros que liga Paraíso e a capital, até que foi avistado por um agente que passava de carro, e tentou se escondeu no mato. Durante a perseguição, ele foi atingido por um disparo do agente e levado para um hospital. Três horas depois, Danilo já estava em outro centro para menores infratores.
“Desde pequeno ele já tem esse adestramento de saltar muros altos e enfim, escalar, romper obstáculos”, ressalta Adriano. Os primeiros registros na polícia começaram quando Danilo ainda tinha 14 anos, incluindo pequenos furtos, violência, uso de arma branca e arma de fogo. Como ainda era menor de idade e não podia ser preso, Danilo foi internado no Centro Educativo de Palmas.
“Apesar dele ser um menor, ele já nessa época ele já era um cara que inspirava muita periculosidade. Era um cara muito perigoso”, conta o agente. Nos anos seguintes, Danilo continuou cometendo crimes. Em 2017, quando já era maior de idade, Danilo matou um conhecido a tiros em Figueirópolis. Um pedido de prisão foi expedido, mas em janeiro de 2018, Danilo conseguiu fugir novamente, desta vez para os Estados Unidos.
Depois de seis anos, o caso nunca foi julgado. Em nota, o Tribunal de Justiça do Tocantins disse que marcou audiência para o dia 11 de outubro, que vai solicitar à justiça americana que Danilo seja interrogado por videoconferência e que estão apurando por que o mandado de prisão não entrou no banco nacional de mandados, para impedir que ele saísse do Brasil. G1