Foto: Marcos Côrrea / Presidência

Durante café com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro tentou mais uma vez baixar a bola dos ataques de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro , contra o vice-presidente, Hamilton Mourão. Perguntado o que achava da sucessão de tuítes publicados pelo “02” criticando o general, ele se valeu de uma metáfora curiosa. “Não tem atrito . Estamos dormindo todo dia juntos, dando beijinho a noite toda. Briga aqui é só para ver quem vai lavar a louça”, disse rindo aos presentes. A seu lado, Mourão completou: “Ou para ver quem vai cortar a grama”.

Durante uma hora, Bolsonaro foi perguntado sete vezes sobre o assunto. Em todas, negou desavenças. Também deu a palavra a Mourão para que ele próprio desse seu parecer sobre os ataques públicos que vem sofrendo do filho do presidente — que já insinuou, inclusive, que o vice deseja dar um golpe. “Cada um tem direito de falar o que quiser”, disse.

Quando o presidente comentava pela quinta o vez o assunto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, pediu a palavra. Disse que a imprensa tinha “obsessão” em criar um mal-estar entre núcleos do governo. “Tentar plantar essa discórdia é batalha perdida. Parem”, disse aos jornalistas.

“Parem com essa coisinha para encher coluna social. Isso apequena o país”. Também afirmou não haver qualquer desentendimento da chamada “ala militar” (reforçando que o termo era equivocado por não haver uma “ala militar” no governo. “Ala que não se reúne não é ala”, disse). “É dar muito espaço para coisas que não são importantes. O que é importante é que estamos desfazendo mais do que fazendo nesse momento. Isso dá trabalho e toma tempo”, falou Augusto Heleno. Informações da Época Globo