A receptividade mineira com prosa amigável, pães de queijo e café são traços culturais que nem o rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão conseguiram eliminar de Brumadinho, tragédia que completa um ano no sábado, dia 25. Mas a avalanche de lama e rejeitos de mais de 10 milhões de metros cúbicos (m3) que resultou na morte de 270 pessoas, sendo 11 desaparecidas, acrescentou à realidade da população atingida caixas e mais caixas de medicamentos para a saúde mental, debilitando radicalmente seu comportamento. No município, do ano passado para este, o consumo público de ansiolíticos aumentou 79%, o de antidepressivos subiu 56% e o de medicamentos em geral ampliou 233% segundo a prefeitura local, que precisou contratar pessoal e ampliar sua rede de assistência para lidar com tantas pessoas vítimas de estresse pós-traumático. Há moradias onde esse consumo medicamentoso é tão evidente que as pessoas, enquanto recepcionam quem as visita, de repente andam confusas, abrindo várias embalagens amassadas de remédios que ficam espalhadas à procura de cartelas que ainda contêm comprimidos e os tomam, não muito certas de que seja o horário prescrito. Informações Em Estado de Minas