Foto : Valter Pontes/Secom/PMS

Em tom de indignação, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), criticou ontem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por priorizar o debate sobre o voto impresso, e não o combate à pandemia. Para o democrata soteropolitano, enquanto “Brasília” discute a eleição do próximo ano, as pessoas estão “preocupadas com alimento de meio-dia, de noite, com a vacina, com a falta de emprego”.

 “(O voto impresso) traz mais segurança, mas há necessidade? Já foram quantas eleições sem o voto impresso?  Tecnologia, a inovação e os recursos não garantem a segurança necessária?  Eu creio que sim. Se me perguntar, esse é assunto é prioridade neste momento para ser debatido? O Brasil com falta da segunda dose, sem conseguir vacinas para imunizar toda sua população, nós com problemas no transporte público, com problemas no pagamento de leitos de UTI e o que Brasília está discutindo? Voto impresso para uma eleição que é daqui a um ano e meio. Brasília vive um mundo irreal”, reclamou Bruno Reis, em entrevista à imprensa.

“Vai lá em Cajazeiras VI para saber se as pessoas estão preocupadas com o voto impresso ou não. É claro que não. Estão preocupadas com alimentos do meio-dia, de noite, com a vacina, com a falta de emprego. Nós temos que gastar a nossa energia com coisas boas, com coisas que vão mudar e transformar a vida das pessoas. Sincera e honestamente, o povo, que vive no mundo real, não quer saber disso (voto impresso)”, acrescentou.

Na semana passada, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), se mostrou a favor do voto impresso. “Pode ser considerado, sim, um avanço para que se verifique toda a autenticidade e a legitimidade das nossas eleições.  Portanto, tenho certeza de que o Brasil vai seguir cada vez mais firme na sua consolidação democrática, o voto impresso seria um avanço nesse sentido”, declarou. Também, na semana anterior, o presidente Bolsonaro afirmou que, se em 2022 não houver voto impresso, não haverá eleição. (Tribuna da Bahia)