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O pré-candidato do União Brasil, ACM Neto (União Brasil), já declarou por meio de assessoria de imprensa que não vai participar do debate promovido pela Band Bahia no próximo domingo (7), às 21 horas. A assessoria de Neto informou que ele “irá visitar 150 municípios da Bahia nos próximos dois meses para ouvir as pessoas e apresentar suas propostas”. O debate será o primeiro da Bahia após a oficialização das candidaturas em convenção.

Prefeito de Salvador e aliado de ACM Neto, Bruno Reis (União Brasil) foi a público defender o amigo e disse que é difícil conciliar uma agenda de campanha com a quantidade de debates que são realizados em todo o Estado durante o período eleitoral.

“A campanha de 45 dias você conciliar uma agenda de campanha com a quantidade de debates que se tem não é uma coisa fácil. ACM Neto vai ao debate, mas aquele que for possível conciliar com a agenda e for mais importante no momento”, declarou Bruno Reis. O Prefeito também alegou que não há nada de novo na decisão de ACM Neto, ponderando que ele mesmo não foi a todos os debates, assim como o governador Rui Costa (PT) em outras ocasiões e também citou o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um projeto de lei protocolado pelo senador sergipano Alessandro Vieira (PSDB) na última segunda-feira (1) quer obrigar candidatos com 5% ou mais de intenções de voto nas eleições presidenciais e de governos estaduais a participar de pelo menos três debates. O PL prevê devolução de Fundo Eleitoral, diminuição dos tempos de propaganda eleitoral gratuita e multa para quem descumprir a norma. Questionado sobre a iniciativa, Bruno Reis deu a sua opinião.

“Eu acho que pode discutir esse número. Tenho visto os presidenciáveis, pré-candidatos a governador defendendo é que se possa fazer um pool, uma junção. Há várias sabatinas, de vários veículos, há uma série de outros debates, nas rádios, nas emissoras. Pode-se juntar, talvez três seja um número de bom tamanho a depender de quando comece [o período eleitoral]”, afirmou.

A ausência de ACM Neto foi motivo de crítica por parte de seus opositores. Jerônimo Rodrigues (PT) sugeriu que a desistência do adversário pode estar relacionada ao “medo de trazer à tona uma capacidade de gestão que só existe na propaganda dele”.

“Talvez o ex-prefeito não consiga explicar no debate da TV onde aplicou os mais de meio bilhão arrecadados com o IPTU, principalmente agora que estamos mostrando que as grandes obras em Salvador foram feitas com recursos do Estado. Quem transformou Salvador foi o governo do Estado”, declarou.

João Roma (PL) foi outro a tecer críticas: “Vou participar de todos os debates porque tenho muito a mostrar e quero conversar com o cidadão baiano”, disse Roma, em entrevista à Rádio Princesa FM, de Feira de Santana. Ele completou afirmando que “Diferente de outras pessoas que talvez não tenham o que mostrar, ou mais: que talvez tenham algo a esconder do cidadão baiano”, criticou o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro ao ser questionado do anúncio da ausência do ex-prefeito de Salvador. BNews