Fabio Pozzebom/Agência Brasil

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado nesta quinta-feira (10), pela 12ª vez no âmbito da operação Lava Jato. O ex-mandatário obteve pena de 33 anos e 3 meses pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Com a nova sentença, as penas já somam 267 anos e 9 meses, já incluída a revisão feita pelo TRF-2.

Na decisão, o juiz Marcelo Bretas afirmou que o ex-governador fluminense recebeu US$ 3 milhões do exterior e que o valor foi movimentado por meio de transferências bancárias em nome de offshores –entidades constituídas fora do país da sede real da empresa ou domicílio do proprietário. Bretas ainda caracterizou como “fantasiosa” o argumento da defesa de Cabral de que a quantia seria proveniente de doações de campanha.

“A defesa desse acusado apresenta a fantasiosa tese de que os milhões de reais que recolhia, através de outros membros da organização criminosa montada, seriam apenas ‘doações de campanha’, e não propinas decorrentes de acordos espúrios firmados entre 1 governador de Estado corrupto e empresas interessadas em contratar com o governo estadual”, disse.

Segundo Bretas, não é possível aplicar a atenuante de confissão a Cabral. Isso porque, na sua interpretação, as declarações do ex-governador não foram verdadeiras.  Os crimes foram revelados pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar, por meio de acordo de delação premiada. Segundo eles, Cabral e outros envolvidos no esquema ocultaram e lavaram valores que somam R$ 318 milhões. Poder360