Produtores da Bahia devem vacinar os rebanhos de bois e búfalos contra a febre aftosa. A 1ª etapa começa no dia 1° de maio. O período vai até o dia 31 de maio. Nesta fase, os animais devem ser imunizados em qualquer idade.

O produtor também deve declarar todo o rebanho à Adab [Agência de Defesa Agropecuária da Bahia]. De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, com os rebanhos imunizados o objetivo é conseguir o status para a Bahia de zona livre sem vacinação, a partir de 2021.

Para este ano, a dose da vacina foi reduzida para 2 ml, ante 5 ml do ano passado. A Bahia conta com cerca de 10 milhões de cabeças e mais de 261 mil produtores. Os produtores têm até 15 dias para declarar a vacinação à ADAB pela internet (www.adab.ba.gov.br) ou nos postos da agência distribuídos pelo estado.

Conforme a agência, a mudança da dose é uma exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para minimizar as reações que ocorriam no local de aplicação da vacina. Para isso, foi retirada também da composição, a substância Saponina (apontada por alguns especialistas como responsável pelas reações vacinais no local da aplicação).

Além disso, as vacinas anteriores eram do tipo trivalente, protegendo os rebanhos contra os sorotipos A, O e C do vírus da Febre Aftosa. Como o sorotipo C foi considerado extinto no mundo, a vacina produzida passa a ser bivalente, com antígenos para os tipos A e O do vírus da Febre Aftosa.

A vacinação completa dos rebanhos é considerada importante para que a Bahia garanta o status de zona livre de aftosa, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), pelo 18º ano consecutivo. São 22 anos livre da doença.

ENFERMIDADE

A febre aftosa é uma doença viral, com alto poder de contágio. Pode ser passada pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas, assim como no contato entre animais doentes e sadios. Ele afeta animais de casco fendido, como os bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos.