Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende usar o teto de gastos para a campanha eleitoral. Nesta quinta-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu que o teto de gastos para as campanhas presidenciais será o mesmo de 2018, corrigido pela inflação. São R$ 88 milhões no primeiro turno e se houver segunda rodada da disputa, são permitidos mais R$ 44 milhões em despesas, o que totaliza R$ 132 milhões.

Tanto o comitê de Bolsonaro quanto o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, trabalham com a ideia de atingir o teto de gastos. As duas campanhas reúnem mais de R$ 260 milhões.

Se arrecadarem mais, porém, podem transferir os recursos para aliados. Em 2018, numa campanha atípica, Bolsonaro gastou R$ 2,5 milhões do teto vigente à época, de R$ 105 milhões. A campanha de Fernando Haddad desembolsou R$ 37,5 milhões.

A campanha do presidente Bolsonaro já começou a arrecadar doações em dinheiro para a eleição de outubro. A principal origem dos recursos, vem de empresários do agronegócio, principalmente de pecuaristas.

Os emissários para a arrecadação são o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. “Já fiz algumas reuniões para tratar disso. As doações estão chegando e são para o partido. Obviamente que o partido tem preocupação de checar a origem dos recursos. Não dou divulgação porque grande parte das pessoas não quer publicidade, tem medo de represálias”, disse Flávio ao Estadão. “Temos muitos segmentos que nos apoiam, em especial do agro. São pessoas que estão se mobilizando, que ligam para saber como fazer doação, o que não acontece com outros candidatos”, completou.