Apontado como favorito em intenções de para 2022 por diversas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o nome do PT para o Palácio do Planalto, apesar de Lula afirmar que ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura. A estruturação da comunicação da campanha do petista, no entanto, deverá ter diferenças significativas em relação a disputas passadas. Um ponto importante é que a contratação do chamado “supermarqueteiro”, papel exercido por Duda Mendonça, em 2022, e depois por João Santana, é vista como improvável.

Coordenada atualmente pelo jornalista Franklin Martins, que foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Lula, a área de comunicação do petista trabalha com a ideia de que a figura do grande publicitário, com caras produções cinematográficas para o horário de TV e rádio, perdeu importância, segundo publicação do portal Metrópole, parceiro do Bahia Notícias.

Martins, que sempre manteve relações estreitas com o ex-presidente, passou a coordenar toda a comunicação de Lula no fim de maio. A persistir essa ideia, a contratação de um bom produtor de TV é pensada como solução, em um ambiente no qual o ex-presidente pode chegar com vantagem no início oficial da corrida eleitoral e já com um peso importante nas redes sociais, hoje ainda polarizadas com o atual mandatário da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

A ausência do “supermarqueteiro” é novidade na campanha de Lula, embora o PT já tenha experimentado o modelo em 2018, quando Haddad foi o candidato. Lula estava preso, mas dava o tom. Campanhas anteriores de Lula tiveram grandes nomes do marketing político, Duda Mendonça e João Santana. Os dois receberam recursos vultosos nas campanhas e acabaram presos posteriormente sob acusação de terem sido pagos com recursos provenientes de caixa 2. (BN)