A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entrou com um processo criminal contra o jornalista Luan Araújo, que foi perseguido por ela na véspera do segundo turno da disputa presidencial de 2022. Na oportunidade, a parlamentar apontou uma arma de fogo contra o profissional. No processo, protocolado na última quarta-feira (26), a defesa da bolsonarista diz que Luan foi o responsável pelo início da confusão.
“Insatisfeito com a ideologia política da deputada e visando vitória eleitoral do opositor do então presidente, de maneira extremamente provocativa, o querelado [Luan] iniciou discussão de cunho político, mesmo que a peticionária tivesse solicitado que parasse, até porque estava acompanhada de seu filho que em nada, repita-se, nada se relaciona com sua figura pública”, disse trecho do documento.
O juiz Fabricio Reali Zia, da Vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo, discordou do Ministério Público de ter rejeitado a ação e solicitou a realização de uma audiência preliminar sobre o caso. Além disso, antes mesmo de uma decisão final, o magistrado também pediu que o texto fosse removido em 48 horas, contando a partir da notificação do jornalista.
“Tratam-se de acusações que, em tese, ferem a honra subjetiva e objetiva da querelante e, portanto, neste momento processual, ultrapassam os limites da narração crítica acerca de um desentendimento ocorrido entre as partes”, diz o juiz na determinação publicada na última sexta-feira (28). BNews