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O Brasil gerou 136,1 mil empregos com carteira assinada em março deste ano, informou nesta quinta-feira (28) o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que houve uma queda na comparação com março de 2021 — quando, no pior mês da pandemia de Covid no país, foram criados 153,4 mil empregos formais.

O resultado de março também representa a menor geração de empregos com carteira assinada deste ano Em março de 2020, no início dos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, foram fechadas 295,1 mil vagas com carteira assinada. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.

Pior que o ápice da pandemia

Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, no somatório do primeiro trimestre deste ano, foram criadas 615,2 mil vagas de emprego formal. O número é menor que o registrado entre janeiro e março de 2021, quando o saldo anunciado foi de 805,1 mil empregos. Novamente, por essa métrica, o ritmo atual de geração de vagas é pior que o dos piores meses da pandemia de Covid no país.

O secretário de Trabalho, Luis Felipe Oliveira, diz que essa desaceleração está relacionada com o fim do Programa de Manutenção do Emprego, em agosto do ano passado, por meio do qual o governo suspendia o contrato, ou reduzia a jornada dos trabalhadores, com contrapartida financeira.

Além disso, segundo Felipe Pateo, coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos da pasta, a redução da taxa de crescimento das vagas formais é natural após a retomada registrada no fim da pandemia, em 2021, quando o PIB cresceu mais de 4%.

Neste ano, a expectativa do mercado financeiro para o crescimento da economia é de 0,6%. Ao final de março de 2022, o Brasil tinha saldo de 41,29 milhões de empregos com carteira assinada. Isso representa aumento na comparação com fevereiro deste ano (41,15 milhões de empregos) e, também, com março de 2021, quando o saldo estava em 38,7 milhões.

O ministro do Trabalho e da Previdência Social, José Carlos Oliveira, afirmou que o resultado de março “permite sonhar” com uma estimativa superior a 1 milhão de vagas formais abertas em todo ano de 2022. G1