A Casa Branca devolveu a credencial do jornalista da CNN Jim Acosta, encerrando uma batalha entre a emissora e a administração Trump. O repórter perdeu o passe após discutir com o presidente Donald Trump. A justificativa da gestão para a suspensão foi de que Acosta teria tocado de forma agressiva uma auxiliar que tentava tirar um microfone de sua mão e que agiu de forma desrespeitosa com os colegas ao não ceder a vez.

 

Na sexta-feira (16), um juiz ordenou que a credencial fosse restituída por 14 dias, após a CNN levar o caso à Justiça. A empresa alegou que os direitos de Acosta previstos na 1ª e na 5ª emendas constitucionais (que tratam da liberdade de expressão e de imprensa e do abuso de poder por parte do estado, respectivamente) haviam sido violados com a sanção.

 

A administração, contudo, ameaçou voltar atrás caso o jornalista não respeite as novas regras para coletivas de imprensa do Donald Trump. Uma delas é fazer apenas uma pergunta —Acosta fez mais de uma no evento que serviu de pivô para a ação. Trump havia afirmado na semana passada que novos regulamentos para orientar a conduta de repórteres seriam criados. “As pessoas vão ter que se comportar”, afirmou na última sexta-feira.

 

“Você não pode fazer três e quatro perguntas. Você não pode ficar de pé e não se sentar.” A decisão, informada por meio de uma carta, representa uma mudança na posição da Casa Branca em relação ao caso. A secretária de imprensa do governo, Sarah Sanders, havia dito que, assim que o prazo de 14 dias se encerrasse, a credencial seria suspensa novamente.

 

Isso levou a CNN a solicitar uma audiência de emergência a um juiz federal para que o prazo fosse estendido. Com a recuperação da credencial, a emissora retirou os processos contra Trump e seus assessores envolvidos no caso.