A família dos jovens Yan e Bruno, mortos por traficantes após serem flagrados furtando quatro pacotes de carne no Atakarejo do Nordeste de Amaralina teve reunião nesta terça-feira (4) com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), e a Comissão de Direitos Humanos da Casa. Estiveram no encontro a mãe de Yan, Elaine Silva; a mãe de Bruno, Dionésia Silva; e a mãe da filha de Bruno, Paula Silva dos Santos. Elas também participaram da sessão da comissão que discutiu o caso nesta terça.

Segundo o presidente do colegiado, deputado estadual Jacó (PT), as mães relataram aos parlamentares suas versões sobre o caso. O petista destacou que não é a primeira vez que há denúncias de que funcionários do Atakarejo entregaram suspeitos de furto a traficantes de drogas. Ele lembra que uma menina viveu situação parecida em outubro do ano passado, quando foi flagrada praticando o crime e foi levada para criminosos da região. Os relatos dela vieram à tona no último fim de semana, com a repercussão das mortes de Yan e Bruno.

“Temos que fazer a ligação desse caso com o caso dos meninos. Não é a primeira vez, o Atakarejo é reincidente”, criticou Jacó. “Elas [mães] estão muito abaladas pelo crime. Elas sabem que o que os filhos fizeram não é certo, dizem que não estão ali para acobertar nada, mas questionam a forma como foram assassinados”, contou o deputado. Jacó disse também que vai fazer uma visita ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta semana para acompanhar o andamento das investigações sobre o caso. (BN)