O ministro da Educação, Rossieli Soares, disse nesta terça-feira (27), que procedimentos de segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão que ser revistos caso o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) queira ter acesso ao exame antes dele ser aplicado. “Se o presidente eleito vai ou não vai ver a prova, caberá a eles, a partir de 1º de janeiro, entender qual o modelo de gestão [que adotarão]”, afirmou Soares.

 

“Nós entendemos, inclusive por questão segurança das próprias autoridades, que cabe às equipes do Inep fazerem a gestão da prova. Na nossa gestão, eu não olhei, e pelo que sei, outros ministros também não olharam. Falo de ministros, não falo nem de presidentes, que também não olharam a prova”, enfatizou o ministro da Educaçãode acordo com o jornal Folha.

 

O ministro Rossieli Soares explicou que a prova, após elaborada, fica em uma sala-cofre e só deixa o local para ser levada para a gráfica, escoltada por policiais federais. “Existe um processo, um procedimento, que precisará ser revisto para que isso [Bolsonaro veja o exame] aconteça, mas caberá a eles a partir de 1º de janeiro”. Após a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio em novembro deste ano, Jair Bolsonaro fez críticas ao exame.

 

Ele disse que, ao assumir o governo, não permitirá a inclusão de determinadas questões no exame nacional. O ministro indicado para a pasta da Educação de Bolsonaro, Ricardo Vélez-Rodríguez, disse ontem (26) que não impedirá o presidente eleito de atestar a qualidade das provas, pois, segundo ele, é bom que o presidente se interesse pelo exame.