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O caso das gêmeas siamesas Laura e Laís, nascidas na quinta-feira (15), em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, é considerado “raro e complexo”, na avaliação do médico Zacharias Calil. A principal resposta para essa má formação se dá através de alterações do meio ambiente, como uso indiscriminado e regular de agrotóxicos que tem ganhado força no mundo inteiro e é o mais apontado pela ciência.

Unidas pela bacia e pelo abdômen, as gêmeas compartilham fígado, bexiga e intestino e foram transferidas na sexta (16) para o Hospital Materno Infantil, em Goiânia. A previsão da equipe médica, é que elas sejam separadas em um ano, pois é necessário que tenham pele suficiente para poder passar pelo procedimento.

“Não tem pele suficiente para o fechamento do abdômen, da bacia. Em cerca de 8 meses nós vamos fazer a introdução dos expansores de silicone, que é embaixo da pele. Eles são insufláveis, por isso vai crescendo”, explicou o médico.

A mãe das gêmeas, Liliane Silva dos Santos, já recebeu alta do Hospital e Maternidade Luiz Argolo, onde deu à luz. O Hospital Materno Infantil é o único hospital ligado ao SUS capaz de realizar a separação de siameses. Desde 2000, já foram registrados 39 casos. Com Laura e Laís, o número passa para 40.