O celular de Najila Trindade é muito mais que o suposto vídeo de 7 minutos que nunca apareceu. A Polícia Civil montou uma caçada ao telefone porque o aparelho pode determinar qual lado tem razão na acusação de estupro que feita pela modelo contra Neymar. A análise das chamadas telefônicas e conversas por aplicativos revelaria, por exemplo, se a modelo mencionou o suposto estupro a pessoas de seu círculo familiar ou para amigos.

As ligações e diálogos também mostrariam com quem Najila interagiu nos dias que antecederam a viagem para Paris e ainda ajudariam a entender o que aconteceu na noite de 15 de maio, data do suposto crime sexual. De acordo com o terceiro advogado da modelo, Danilo Garcia de Andrade, depois que Neymar deixou o quarto naquele dia, Najila teria começado a entender que fora vítima de uma violência sexual.

Pela versão dela, conforme tomava consciência da agressão, ia se sentindo mal. Então, ligou para uma amiga no Brasil e desabafou durante horas. A comprovação deste telefonema reforçaria a tese da modelo. Mas se a chamada não aconteceu, a defesa de Neymar fica fortalecida.

É esta contribuição que o celular daria à investigação, a comprovação das versões apresentadas. A avaliação das conversas esclareceria se a modelo citou as lesões nas nádegas, por exemplo. Outra situação que poderia ser verificada é com quem Najila interagiu nos dias que antecederam o embarque para França e enquanto esteve no país, com atenção especial para as duas noites em que ela encontrou Neymar. Uol Esportes