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“Najila não é bandida, é vítima”, declara Cosme Araújo nesta semana ao G1. O advogado da modelo tentará barrar na Justiça de São Paulo a acusação por fraude processual contra ela no caso em que acusou o jogador de futebol Neymar Júnior de estupro e agressão durante encontro em Paris, na França, no dia 15 de maio.

Além de Najila Trindade, o ex-marido dela, o também modelo Estivens Alves, foi acusado por fraude processual. Ele ainda irá responder por crime de divulgação de conteúdo erótico por ter exibido imagens da ex-mulher em troca de publicações a respeito dele na internet.

Em setembro, a Justiça rejeitou a acusação do Ministério Público (MP) por denunciação caluniosa e extorsão contra Najila Trindade. A Promotoria pode recorrer dessa decisão. Tanto Najila quanto Estivens se tornaram réus por fraude processual porque, no entendimento da Justiça, eles dificultaram as investigações da Polícia Civil.

Teriam atrapalhado as apurações sobre os supostos estupro, agressão e arrombamento do apartamento da modelo, de onde teria sido furtado um tablet com vídeos da violência sexual que Neymar teria cometido contra ela. De acordo com o advogado de Najila, a maior vítima de todo o caso é a modelo.

“Ela não praticou fraude processual e nem atrapalhou as investigações quando foi registrar o boletim de ocorrência na delegacia sobre o caso de estupro”, afirma Cosme. “Porque foi a própria autoridade policial que ficou convencida de que o relato de Najila sobre agressões e sexo forçado pelo jogador eram estupro”.

Outro ponto da acusação por fraude contra a modelo que o advogado rebate é o que cita o caso do furto no imóvel de Najila. “Ela não cometeu fraude processual porque foram outras pessoas que disseram a ela que seu apartamento foi arrombado e que a mídia foi levada”, diz Cosme. “E ela somente relatou isso à polícia”.

Segundo Cosme, sua cliente deixou São Paulo para ficar na Bahia com o filho que teve com o ex-marido. “Ela está tomando conta da criança e indo ao psiquiatra”, fala o advogado. “Essa história toda prejudicou até o trabalho de modelo que fazia”.

A defesa de Najila informou a reportagem que estuda entrar na Justiça com um recurso contra a decisão de processá-la por fraude. “Vamos provar no Tribunal de Justiça que isso não ocorreu”.

No caso da fraude processual, a juíza Fabíola Oliveira Silva, da 31ª Vara Criminal, deu dez dias de prazo para os acusados apresentarem suas defesas, juntar documentos e provas e indicar no máximo oito testemunhas. G1