EC Vitória

Contratado pelo Vitória em maio deste ano, o goleiro Dalton chegou ao clube, inicialmente, para agregar mais experiência a um setor formado por jovens atletas, como Lucas Arcanjo (24 anos), Yuri e João Cabral (21). Mas ele fez mais que isso. O defensor de 36 anos aproveitou uma oportunidade que surgiu com a grave lesão de Arcanjo, em julho deste ano, para se firmar no time titular e se tornar protagonista na campanha de acesso para a Série B. Em entrevista ao ge, nesta segunda-feira, Dalton lamentou a forma como chegou ao time titular do Vitória, mas reforçou a felicidade pelo momento especial que vive na carreira.

– Eu não gostaria que fosse dessa maneira, com uma lesão, porque eu já vivi isso. Vivi no Paysandu. Uma lesão diferente, mas o processo é o mesmo. Tenho muito respeito e admiração pelo Lucas. Pelo trabalho que ele fez na Série B, e pelo que ele vinha fazendo na Série C. Graças a Deus eu consegui suprir a ausência dele, sempre fazendo meu melhor – disso goleiro.

– Então foi assim e eu sou muito agradecido por estar vivendo esse momento aos 36 anos. Algumas vezes eu pensei em parar. Já vivi quatro momentos como esse, mas nunca dessa maneira, com esse reconhecimento, com essa sensação que tenho hoje. Então é muito especial, é único. Uma coisa que via ficar na minha vida – completou o camisa um.

Dalton desembarcou na Toca do Leão em maio deste ano, com contrato válido até o final da Série C. Agora com o acesso garantido, o goleiro falou sobre os planos para renovar o vínculo e seguir por mais tempo com a camisa rubro-negra.

– Meu desejo é esse. Nunca escondi isso. (Desejo) de permanecer, de continuar. Só que o mais importante era o nosso acesso. Eu não queria passar isso na frente do acesso, que era o mais importante. Agora a gente com calma vai poder sentar para conversar e decidir como vai ser. Mas meu desejo sempre foi e sempre vai ser permanecer no Vitória. Fábio já tinha sinalizado isso antes (uma reunião). Eu comentei com ele que preferia que a gente falasse sobre isso após, para não misturar as coisas. Eu sempre gosto de deixar as coisas bem claras. A prioridade era o acesso.

Ao ser perguntado sobre momentos decisivos da trajetória rubro-negra na Série C, o camisa um lembrou de uma reunião entre os jogadores, ainda antes da chegada de João Burse. Dalton conta que a “lavagem de roupa suja” serviu para recolocar o time no caminho certo em meio a um momento de incertezas na competição nacional.

– Foi antes do jogo contra o Confiança, nós conversamos lá no Barradão, somente jogadores, não tinha comissão técnica nem diretoria. A gente entendia o momento que o clube vivia, e sabia que precisava de um norte. A gente pensa e quer fazer o melhor, mas isso precisava ser colocado por todos. E todo mundo deu sua opinião das coisas que estavam certas, das coisas que estavam erradas. Desde os mais experientes, até os mais novos. Acho que aquilo foi muito importante. Todo mundo fez um compromisso – finalizou o goleiro. Globoesporte