O Brasil já sabe quem será o seu adversário na grande final da Copa América, e trata-se de um velho conhecido: o Peru, que na fase de grupos chegou a perder de 5 a 0 para os comandados de Tite e só se classificou como terceiro do grupo, atrás ainda da Venezuela.
Mas a preocupação para evitar qualquer tipo de oba-oba é grande, tanto que os jogadores da Seleção pregam respeito aos peruanos, que surpreenderam a todos ao despachar o Chile por 3 a 0 na semifinal.
Em entrevista na tarde desta quinta-feira, antes do treino na Granja Comary, Everton Cebolinha foi questionado sobre o adversário na final, disse ter assistido ao jogo dos peruanos e chilenos na Arena do Grêmio e considera que o adversário está bem diferente da goleada na fase de grupos.
– Principalmente na maneira de jogar. Assistindo ao jogo de ontem, avaliando, é um time que tocou bastante a bola, posse de bola, e foi bem efetivo no ataque. Na chance que eles tiveram, fizeram os gols. Creio que vai trabalhar em cima disso pra neutralizar os pontos fortes.
Por falar em Grêmio, o atacante tricolor projetou um duelo à parte com Paolo Guerrero, do Inter, a quem rasgou elogios. Foi justamente contra o Peru que Cebolinha ganhou a vaga de titular na Seleção e teve grande atuação nos 5 a 0 na Arena Corinthians:
– Tem Gre-Nal, espero que possa levar a melhor aí (risos). O Guerrero é um grande jogador, tenho enfrentado ele algumas vezes, sei da dificuldade que é. Um jogador técnico, que protege bem a bola. Espero que ele não esteja em uma tarde feliz.
Confira outros trechos da entrevista:
ATUAÇÃO DISCRETA CONTRA A ARGENTINA
– Nem sempre a gente vai ter um destaque grande. Quando está na Seleção, dividimos protagonismo. Vê o (Gabriel) Jesus, o próprio Dani (Alves), eles fizeram um grande jogo. O Firmino também, fez o gol. Nosso lado direito funcionou muito bem. Tivemos uma leitura da fragilidade da Argentina ali e aproveitamos muito bem.
SÓ 4 DA SELEÇÃO JÁ JOGARAM FINAL
– Em Seleção é bem diferente. Todos que estão aqui já disputaram grandes jogos na vida. Mas Seleção, Maracanã, tem um peso maior. É estar concentrado em fazer um grande jogo e trazer a torcida para o nosso lado.
O QUE MUDOU NA SELEÇÃO?
– Crescimento de quem vem atuando. Eu tive a oportunidade de atuar, o David (Neres)… Quem vem entrando vem dando conta, vem fortalecendo e mostrando a força do nosso grupo.
FILIPE LUÍS OU ALEX SANDRO?
– São jogadores bem parecidos, não muda muita coisa. Pelas características, os dois defendem muito bom e, hoje no futebol moderno, é difícil defender tão bem e atacar com efetividade grande. Talvez mais o fato do entrosamento.
AJUDA PARA DEFESA FORTE
– Os três da frente procuram ajudar para facilitar o trabalho do meio campo e da zaga. Buscamos recompor pelo lado, pelo meio, estar sempre tentando ajudar.
– Foi o Pará em 2013. Eu subindo para treinar com o profissional, no início de 2014 fomos para pré-temporada em Bento Gonçalves (RS), e ele achou que tenho uma semelhança com o personagem da Turma da Mônica. A princípio não gostei, até acho que por isso pegou. Até hoje ele e meus companheiros me chamam assim tanto no clube quanto na Seleção.
TITE PEDIU AUTORIZAÇÃO PARA TE CHAMAR PELO APELIDO?
– Pediu (risos). Ele perguntou se poderia. Seria estranho se ele me chamasse de Everton, todo mundo me chama de Cebolinha, até o Renato (Gaúcho). É algo que já me acostumei.
LITTLE ONION PARA IMPRENSA INTERNACIONAL
– Vi, achei bem legal. Feliz, é algo mesmo inusitado, agradeci totalmente. Globoesporte