Foto: Letícia Martins / EC Bahia

O Bahia viveu uma noite para ser esquecida diante do Red Bull Bragantino, neste domingo (1º), no estádio Nabi Abi Chedid. O Esquadrão não conseguiu ser efetivo no ataque, cometeu erros na defesa e levou o gol da derrota aos 49 minutos do 2º tempo, caindo por 2×1.

Ao final da partida, Rogério Ceni analisou a atuação da equipe. Ele lamentou o fato do Esquadrão não ter, pelo menos, segurado o empate na reta final do confronto. Ceni foi questionado sobre o baixo aproveitamento do tricolor, que, assim como na derrota por 1×0 para o Flamengo, teve dificuldade para balançar as redes. Segundo o treinador, o time criou um bom volume.

“O estilo de jogo é diferente, nós finalizamos até mais do que o Bragantino, boas finalizações, exigimos do Cleiton. Ficou um jogo lá e cá, o que favorece o Bragantino, nós tínhamos que tentar sair a todo custo para tentar o empate. Já desde o primeiro tempo quando eu coloquei o Ademir, pois estava com bastante espaço pelo lado, tentamos dar mais velocidade, jogar o Ademir bem aberto, apesar de não ser o lado que ele gosta de jogar, mas era o lado que tinha mais espaço. Tiramos o Thaciano para por ele e só fizemos uma boa jogada no final do primeiro tempo em uma jogada em que o Cauly é travado. Mas o time finalizou, batalhou, mas não podemos entregar… um ponto no último minuto do jogo é importante manter. Nós temos que ter mais atenção, se não conseguirmos os três pontos temos que manter o ponto que temos. Não podemos nos desconcentrar e deixar o cara dominar, girar e bater no gol. Não confere com o que a gente trabalha todo dia”, disse.

Para Rogério Ceni, faltou maturidade do Bahia na hora de entender o que o jogo pedia. Ele diz que após a entrada de jogadores mais velozes, como Lucho e Rafael Ratão, o time deveria ter feito uma melhor recomposição defensiva.

“O Bahia impôs o seu jeito de jogar, teve controle do jogo, jogou talvez um pouco abaixo do que costuma jogar, mas teve controle e finalizou mais. Faltou concentração na bola parada, não podemos tomar mais um gol de bola cruzada na área. No final, quando mudamos a característica e colocamos três atacantes de mais velocidade, faltou voltar no cruzamento, atravessar a área, não recompõem do jeito que deveria. E não podemos dar liberdade para o jogador dominar, girar e bater daquela distância. Temos que valorizar o ponto. Todas as mudanças foram feitas com o intuito de vencer, mas naquele momento do jogo não adianta fazer transição, está todo mundo cansado e é preciso valorizar o ponto fora de casa”, completou.

A derrota fora de casa fez o Bahia sair do G6 do Brasileirão. O time baiano caiu para a 7ª colocação, com 39 pontos, e viu os concorrentes reduzirem a distância. O Vasco, que venceu o Vitória no Barradão, é o 8º colocado, com 34. Rogério Ceni diz que entende as implicações que a derrota traz e afirma que a solução é ganhar os jogos.

“Depois de uma derrota você nunca lida nada como positivo, isso é natural do ser humano. Nós temos que tentar vencer os jogos, subir a pontuação para brigar nessa faixa que estamos. Temos o Cruzeiro que já passou, o São Paulo dois pontos à frente, o Inter que ganhou subindo, o Atlético-MG, o Vasco que ganhou também subindo. É uma concorrência grande e temos que ganhar jogos, somar pontos. E são jogos difíceis, Flamengo fora, Atlético-MG em casa, times bons, que tem qualidade para jogar. Depois tem o Fortaleza fora, o Flamengo de novo. A dificuldade existe e estamos tentando de todas as maneiras vencer os jogos”, finalizou.

Após o duelo em Bragança Paulista, o Bahia ganhará uma folga na tabela. O próximo compromisso do Esquadrão será no dia 12 de setembro, contra o Flamengo, no Maracanã, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Como perdeu a ida por 1×0, na Fonte Nova, o time precisa vencer por pelo menos dois gols para avançar. O triunfo simples leva a decisão para os pênaltis. Correio da Bahia