EC Bahia

O Bahia planeja o ano de 2020 há meses, e os dirigentes e comissão técnica sabem bem o que procuram. De olho nas oportunidades de mercado, o clube procura reforços pontuais, que estejam de acordo com o orçamento previsto para a temporada e que acrescentem aquilo que pode ter faltado ao futebol de 2019. A informação foi confirmada pelo diretor de futebol, Diego Cerri, que concedeu entrevista ao Programa do Esquadrão na quarta-feira. O dirigente falou sobre o perfil de jogador que o clube busca. Segundo ele, o meia Daniel, anunciado recentemente, simboliza exatamente aquilo que o Tricolor procura.

“Daniel talvez simbolize bem o estilo de contratação que a gente vem buscando. Jogador jovem, que consideramos uma oportunidade de mercado. Assinamos um contrato mais longo. Ele também mostra uma preocupação que temos, que é de fazer com que a equipe trabalhe mais a bola, fique mais com a bola, além da transição rápida que a gente tem, além das virtudes na marcação, mas que a gente possa acrescentar isso. O grande desafio é encaixar peças que caibam no orçamento, e digo que temos que trazer mais receitas. Precisamos fazer com que isso chegue no futebol. É um compromisso que a gente estabeleceu. Vamos trazer jogadores mais pontuais para fazer uma equipe competitiva e que brigue por coisas grandes”, explicou.

A ideia de ter um time que trabalhe bem a bola já havia sido exposta pelo técnico Roger Machado. Em entrevista coletiva concedida após o jogo contra o Fortaleza, última partida do ano, o treinador já havia antecipado que a ideia era ter um time que fique mais com a bola. “O que a gente está procurando agregar qualidade é um jogo um pouco mais limpo, que a gente possa ficar um pouco mais com a bola, sem abrir mão de atacar bem. Buscar um equilíbrio um pouco maior, à medida que esse ano foi um jogo mais direto” – disse Roger Machado na ocasião. Daniel foi contratado junto ao Fluminense, com contrato válido até o fim de 2021. Por ora, ele é o único reforço do time principal anunciado oficialmente pelo Bahia.

Cerri e o “Dia do Fico”

No início do mês de dezembro, o torcedor do Bahia viveu momentos de apreensão. Após a saída de Alexandre Mattos do Palmeiras, Diego Cerri se tornou alvo do clube paulista. As negociações se arrastaram por alguns dias, até que o diretor anunciasse que pretendia ficar no Fazendão. Questionado sobre o assunto, Cerri destacou que fez parte da criação do projeto tricolor e reafirmou o compromisso que havia firmado com a equipe baiana.

“Me sinto parte da construção do projeto do clube, sei como estava em 2016, e junto com uma equipe de trabalho, em todas as áreas, faço parte desse grupo todo que vem realizando coisas importante, passo a passo. Às vezes, a gente quer colher muito rápido, mas não é assim. Minha permanência é em cima disso, se dá por um projeto que ajudei a montar, pessoas que vieram comigo na minha caminhada, compromisso que eu estabeleci. Meu envolvimento com o clube… Me sinto bem trabalhando aqui. Sei dos desafios de melhorar o clube a cada ano. É uma coisa que, para mim, faz sentido batalhar”- disse.

Diego Cerri era o nome mais cotado para assumir o lugar antes ocupado por Alexandre Mattos, demitido após a derrota para o Flamengo, na arena, pelo Brasileirão. O Palmeiras chegou a conversar com Rodrigo Caetano, mas o executivo optou por ficar no Internacional. No fim das contas, Anderson Barros foi o escolhido para o cargo. Globoesporte