EC Vitória

No ano de 2020, para além de frustrações dentro de campo, o torcedor do Vitória se acostumou a ver, nos noticiários, outros problemas enfrentados por seu clube do coração. A crise financeira que já vinha de 2019 se agravou com a pandemia da Covid-19, e o Vitória teve dificuldade para manter os salários em dia. Exemplo disso foi a decisão tomada em novembro pelos médicos rubro-negros, que não viajam mais para as partidas da equipe disputadas fora de casa, devido aos atrasos salariais.

Após a goleada por 4 a 0 sofrida diante do América-MG no último sábado, o técnico Rodrigo Chagas foi questionado sobre uma possível interferência dos problemas financeiros do clube no futebol apresentado na Série B. Chagas afirmou que deixa os problemas do lado fora do campo e garantiu que o assunto não foi tema de comentários no vestiário. Ainda assim, ele pondera que “todo trabalhador gosta de receber o seu salário” e diz que não pode responder por cada atleta.

– Eu, particularmente, como profissional, procuro deixar de lado, principalmente nos momentos em que eu estou trabalhando, que estou em campo. Não posso responder individualmente, por cada atleta. Mas acredito que, até o momento, em relação aos trabalhos, aos treinamentos e nos jogos, a gente não tem comentado sobre isso. Mas a gente sabe que todo trabalhador gosta de receber o seu salário. Mas acredito que, em nenhum momento, isso seja um fator preponderante para o resultado negativo – avaliou.

A crise financeira é apenas mais um dos obstáculos a serem superados pelo Vitória, que tem uma sequência dura pela frente na Série B. Para evitar a entrada no Z-4, o Rubro-Negro precisa superar, já na próxima quarta-feira, o Avaí. A equipe baiana está em 16º, com 37 pontos, um a mais que o Figueirense, que abre a zona de rebaixamento. (Globoesporte)