Foto divulgação de Marco Peixoto

O anúncio do cancelamento dos festejos juninos em cidades como Amargosa, Itaberaba, Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, e pelo menos outras quatro, deve ocorrer nas próximas semanas. Para a União dos Municípios da Bahia (UPB), o cancelamento se tornou inevitável por conta da pandemia da Covid-19, mas a perda na  economia deve pesar nos cofres de cidades que lucram com o São João e o São Pedro.

Pelo  segundo ano consecutivo os eventos não devem ocorrer. Os gestores alegam que o cenário de um ano atrás permanece o mesmo. Para o presidente UPB, Zé Cocá, a medida não era a desejada pelos prefeitos, mas se tornou inevitável. “ O cancelamento representa  um prejuízo incalculável para economia e tradição dos municípios porque é uma cadeia produtiva de quem cozinha comidas típicas, hospeda pessoas em casa, até o comércio local que se movimenta em torno da festa”, disse.

O prefeito do município de Ibicuí, Marcos Galvão, compartilha dessa opinião e lamenta ter que cancelar. “Representa uma grande perda econômica. O São João movimenta cerca de R$8 milhões para o município, mas para nós, o mais importante não é a economia. Quando falamos em vidas, nada mais importa”, revelou.

Em Itaberaba, na Chapada Diamantina, o festejo junino também tem peso na economia ao movimentar cerca de R$3 milhões no comércio local. O prefeito do município, Ricardo Mascarenhas, afirma que a realização da festa este ano se tornou inviável e que a prioridade de Itaberaba hoje é a saúde. “Não tem vacina. Não tem como fazer sem vacinar o povo”, aponta o prefeito que também é diretor da UPB.

Outro município com tradição em comemorar o festejo junino, Amargosa também pretende acumular o segundo ano sem forró na Praça do Bosque. O prefeito Júlio Pinheiro adiantou que articula com os gestores de cidades com maior tradição na realização de festas para emitir uma nota conjunta. “Vamos ratificar a falta de condições sanitárias. Permanecemos com o mesmo cenário do ano passado de inviabilidade por conta da pandemia”, destaca Pinheiro. (Bahia Notícias)