Foto : Tácio Moreira/Metropress

O pré-candidato Ciro Gomes, do PDT, disse, em entrevista às jornalistas Camila Zarur e Jussara Soares, no Globo, que não irá votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso se repita em 2022 o cenário de segundo turno entre PT e Jair Bolsonaro. “Remember 2018”, disse Ciro. Naquele ano, Ciro Gomes viajou a Paris e se negou a apoiar Fernando Haddad, contra Jair Bolsonaro. Na entrevista, Ciro Gomes criticou a capacidade de Lula de formar alianças.

“Você imagina, agora, o Lula está fazendo a proeza de juntar o (Guilherme) Boulos e o (Geraldo) Alckmin em São Paulo. Daí só pode sair crise”, afirmou. No mesmo depoimento, reconheceu sua dificuldade em atrair aliados. “Eu sou uma pessoa vetada pelo quadro conservador brasileiro, e não é pelos meus defeitos.” Ciro disse que conversa com Marina Silva, da Rede, mas reconheceu que o partido tem uma ala favorável a Lula. “Eu e Marina (Silva) temos conversado. Mas lá dentro (da Rede) há outra tensão grave. A Rede, que não queria nem ouvir falar do Lula, agora está dividida”, pontuou.

Sobre políticos do PDT que querem apoiar Lula, como Weverton Rocha, que disputará o governo do Maranhão, Ciro culpou um suposto ‘gabinete do ódio’ petista. “Faz parte da estratégia de bastidor do gabinete de ódio do Lula fazer isso. Ele opera dentro de todos os partidos sem nenhum tipo de escrúpulo para causar esse tipo de psicologia”, afirmou. Ciro também disse ainda que parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro serão expulsos. “Vão ter que sair do partido. O partido não aceita bolsonarista aqui dentro, ponto final”, afirmou. Ao ser questionado sobre um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Ciro afirmou: “Remember 2018”.