O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na disputa pela presidência da República, resolveu dar uma trégua ao futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). A este colunista, ele disse que fará uma “oposição vigilante” e bem diferente daquela que adora “ver o circo pegar fogo”, numa alusão ao Partido dos Trabalhadores, com quem reitera não querer conversa sobre arco oposicionista a partir de 2019.

 

“Desejo muito que Bolsonaro acerte a mão, que ele possa fazer o melhor possível. De nossa parte, vamos dar um tempo e cobrar na sequência”. Ciro fez questão de afirmar que quer uma oposição de ideias e não no “caudilhismo corrupto e corruptor”. Sobre fusão de ministérios, tem restrições. Considera “uma lenda” que, inclusive, foi buscada no governo de Temer.

 

“É preciso diminuir as estruturas por onde se esvai o dinheiro público”, observou. Ele considera a criação de um superministério da Economia um risco, pois entrega o poder de planejar e controlar o orçamento na mão de uma pessoa só, no caso o economista Paulo Guedes, que não tem nenhuma vivência no setor público. “Tomara que dê certo. Mas a probabilidade é pequena.” Ciro vai gravar em São Paulo, entrevista para a jornalista Roberto D'Ávila.