Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cobrou da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) “medidas internas eficazes, legais e regimentais” contra o deputado estadual Frederico D’Avila (PSL). Durante uma sessão, D’Avila chamou o arcebispo Dom Orlando Brandes, a CNBB e o papa Francisco de “vagabundos”, “safados”, “canalhas” e “pedófilos”. No texto, a CNBB cita “o ódio descontrolado do parlamentar” e diz que espera ações para que o “ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade”. O deputado citou o discurso do arcebispo durante a missa em Aparecida, quando Brandes declarou que “pátria amada não pode ser pátria armada”. A frase foi dita antes de uma visita de Bolsonaro ao local. D’Avila acusou o arcebispo de estar mandando “recadinho” ao presidente. Na carta, a CNBB também disse que “tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis”. A entidade afirmou que “as ofensas e acusações proferidas pelo parlamentar -protagonista desse lastimável espetáculo- serão objeto de sua interpelação para que sejam esclarecidas e provadas nas instâncias que salvaguardam a verdade e o bem”.