O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Humberto Martins, arquivou nesta última segunda-feira (10), o processo que apurava o impasse judicial sobre um pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o ministro Humberto Martins, não há indícios de que tenha havido desvio de conduta por parte dos magistrados investigados no caso. Lula está preso desde abril deste ano.

 

Ele foi condenado em segunda instância em um processo relacionado à Operação Lava Jato. Em julho, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4, mandou soltar Lula. Plantonista, Favreto concedeu o habeas corpus por entender que havia um fato novo no caso, o que o autorizava a conceder liberdade a Lula: a candidatura do petista à Presidência pelo PT.

 

De férias, o então juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condenação do ex-presidente Lula em primeira instância e futuro ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, proibiu a Polícia Federal de soltar o ex-presidente. Rogério Favreto, então, mandou novamente soltar Lula. Diante disso, o relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal, João Pedro Gebran Neto, determinou à Polícia Federal, assim como Moro, que não soltasse Lula.

 

Por fim, o presidente do tribunal, Carlos Eduardo Thompson Flores, seguiu o entendimento do relator e de Moro e mandou Lula seguir preso. O episódio gerou oito questionamentos no CNJ contra Favreto e contra Sérgio Moro segundo informações do G1.