Ao menos quatro representadas apresentadas contra o juiz Sergio Moro devem ser analisadas pelo CNJ na próxima semana. O corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, quer dar celeridade aos casos, com previsão de analisá-los dentro dos próximos 10 dias.Uma das representações questiona o encontro de Moro com o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, sobre sua participação no governo.
As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. Outra questiona o fato de Moro ter pedido férias, nessa segunda-feira (5), sob a justificativa de que vai utilizar o momento para iniciar as “preparações para a transição de governo e para os planos para o Ministério”. Integrantes do CNJ criticam o fato de ele não ter se exonerado de imediato.
“Não existe o sujeito fazer plano de governo de toga”, disse um deles. A Constituição Federal proíbe a participação de juízes em atividades políticas. Junto a esses processos, o corregedor deve pautar também o caso em que Moro divulgou conversas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), em março de 2016. Então relator no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki julgou a ação inconstitucional.