Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi cobrado nesta quarta-feira (22) pelo líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), e pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) para marcar a data da sabatina de ex-ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Alcolumbre, porém, respondeu aos senadores de forma evasiva e, sem cravar uma data, disse que teria o entendimento sobre a sabatina de Mendonça “outro dia”. André Mendonça foi indicado no dia 13 de julho pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar o cargo de ministro do Supremo no lugar de Marco Aurélio Mello, que se aposentou.

O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União (AGU) foi uma indicação do presidente para atender sua base evangélica. Mendonça é pastor. Para assumir a cadeira no Supremo, contudo, o ex-AGU terá que se submeter a uma sabatina na CCJ do Senado, que precisa ser marcada por Alcolumbre. Depois da sabatina, a indicação ainda precisa ser aprovada por maioria dos votos no plenário da Casa.

Reservadamente, senadores afirmam que Alcolumbre teria preferência por outros nomes para ocupar o cargo no STF – em especial o do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. Parlamentares também veem caminho para o nome de Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na terça (21), o ministro do STF Ricardo Lewandowski determinou que o presidente da CCJ preste informações sobre a sabatina de Mendonça. Lewandowski analisa um pedido de Vieira e do e Jorge Kajuru (Podemos-GO) para que o STF determine que a CCJ marque a sabatina. Os parlamentares acionaram o Supremo e questionaram a conduta de Alcolumbre, que resiste em marcar a análise da indicação. G1